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The World After the End – Capítulo 238

O mundo após o fim (10)

Não muito tempo depois, Jaehwan completou seu serviço militar. Yoonhwan também terminou seu serviço militar na mesma época e eles começaram a frequentar a faculdade novamente.

— Ei, como é que vocês nunca responderam às minhas cartas enquanto estavam no exército? Por acaso receberam elas?

Seoyul rebateu com raiva e Yoonhwan brincou.

— Oh, claro. Recebi sim. Deveria agradecer pela foto, no entanto. Menti que você era minha irmã e meus superiores me trataram bem por isso.

— Ugh, foi você?! Me perguntei por que estava recebendo mensagens de alguns homens que eu nem conhecia…

Jaehwan voltou a ouvir aquelas conversas comuns novamente. Não era difícil como antes. Ele ainda lia livros e treinava sozinho, mas não caía em ilusões solitárias mais. Aceitou seu novo corpo e sua nova vida.

Nesse lugar, um humano morreria mais cedo ou mais tarde.

A ‘Realidade’ era um mundo diferente das <Grandes Terras> ou da <Árvore das Miragens>. Jaehwan agora tinha um corpo que envelheceria lentamente e morreria quando chegasse a hora. Quer ele quisesse ou não, passaria um curto período nesta vida e morreria.

Então, o que sua vida significava? Pela primeira vez, Jaehwan estava enfrentando uma vida mortal. E isso o fez pensar diferente.

“As vidas humanas são muito curtas para mudar alguma coisa.”

Esse pensamento o ajudava muito quando tinha que justificar suas ações ou se distanciar de questões incertas ou problemas éticos. Ele se lembrava da aula de Sakamoto.

“Se fosse o universo paralelo…”

Se este mundo tivesse habilidades, e se ele pudesse estocar para se superar… Se este mundo tivesse um mal gigante e claro… Ele teria sido diferente.

“Mas este universo não tem tal coisa. Não há habilidade, configuração ou mundo único. Não há nada disso.”

Mesmo que o universo paralelo existisse em algum lugar, não era ali.

E era ali que Jaehwan tinha que viver.

Era um lugar onde nenhum milagre acontecia. Um lugar onde nem tudo se conseguia através de provações. Um lugar onde a vida terminava antes de saber o que poderia estar no fim de tudo.

Era a realidade.

Era o Pesadelo do Início.

Jaehwan conseguiu um emprego logo após se formar. Era uma pequena empresa que administrava pequenos sites com livros. Foi o professor Sakamoto quem recomendou Jaehwan para a empresa, e o motivo foi bastante divertido.

—Ele sempre lê livros da internet na minha aula. Mas sabe tudo sobre o universo paralelo. Será um ativo valioso para sua empresa.

Foi chocante quando Jaehwan chegou à empresa para o primeiro dia de trabalho.

— Haha, Jaehwan, certo? Bem-vindo. Eu sou Hwang Inchan. Sou o gerente editorial aqui.

Jaehwan quase gritou de choque. Hwang Inchan da Swordpanic! Era uma daquelas poucas pessoas que Jaehwan lembrava claramente de suas memórias desvanecidas.

Foi ele quem formou a força Expedicionária <Caminhantes da Lâmina> na Torre dos Pesadelos, e foi um dos melhores até o 77º andar.

Jaehwan tentou falar, mas se conteve. Não adiantava perguntar. Inchan não teria nenhuma memória disso de qualquer maneira. Tudo era ilusão dele. Inchan perguntou a Jaehwan com um grande sorriso.

— Por quê? Você tem alguma pergunta?

— N-Não.

— Oh, tudo bem. Achei que tinha perguntas só pela aparência.

— Desculpe.

— Não precisa se desculpar.

Inchan sorriu enquanto acenava. Jaehwan sentiu uma leve dor de cabeça depois de muito tempo. Seu mundo era realmente ‘falso’ mesmo com isso? Ele ainda se lembrava de tudo sobre aquele homem tão claramente.

O médico uma vez disse a ele que seus delírios eram apenas a criação de imagens que estava vendo. Isso o manipularia como se conhecesse a pessoa que viu pela primeira vez e fortaleceria seus delírios.

— Você escreveu em seu currículo que adora histórias da internet… Qual você mais gosta?

Jaehwan voltou a si.

— Uh, é difícil especificar. Isso é…

Talvez não tenha sido uma boa resposta como novato, mas Inchan sorriu satisfeito.

— Oh? Entendo. Então, você deve ter lido muitas. É difícil escolher as boas quando lê uma boa quantidade. Acho que temos um bom desta vez.

Jaehwan sorriu sem jeito.

— E quanto ao gênero? Do que você gosta? Fantasia? Jogo-fantasia? Ou…

Jaehwan hesitou um pouco e respondeu.

— Uh, daqueles que regressam.

Inchan abriu os olhos surpreso.

— Oh? Sério?

— Sim.

Jaehwan não gostava, é claro. Na verdade, era o que ele odiava. Mas só respondeu dessa forma para verificar Inchan. Desnecessário dizer que Inchan ficou animado.

— Eu amo esse gênero também! É muito divertido, não é?

— Uh…

— Tem gente que diz que está muito gasto e chato agora, mas acho que ainda tem potencial. As pessoas só têm aquele desejo básico de voltar ao passado e mudar de vida, sabe? Afinal, as pessoas querem ter sucesso na vida da maneira mais fácil. Haha.

Jaehwan ficou surpreso com a perspectiva de Inchan. Ele nunca havia pensado nisso dessa maneira.

“É uma boa resposta para um homem que foi primeiro ao passado quando a [Pedra do Retorno] apareceu.”

Jaehwan então engasgou consigo mesmo por mergulhar em seus delírios.

“O que estou fazendo de novo?”

Foi porque ele conheceu uma pessoa que trouxe memórias? Jaehwan ficou abalado. Ele olhou ao redor do escritório para se acalmar. O local era muito pequeno. Havia algumas mesas divididas por divisórias e uma televisão de quarenta polegadas em outra parede. A TV mostrava um canal de notícias.

Mostrava um grupo de manifestantes lutando contra uma empresa gigante. Estava cheio de homens da idade de Jaehwan. Inchan olhou para Jaehwan e disse:

— Seu lugar é aquele. Porém, não temos muitos funcionários. Mas não se preocupe. Nosso salário também não é alto, mas…

Foi então que um incidente aconteceu no noticiário.

[Espere! O que você— Ei!]

Com a voz do repórter, a câmera tremeu e apareceu um homem.

[TODO MUNDO! Vocês precisam perceber! Todos nós devemos perceber!]

O volume da TV não estava alto, mas a voz ecoou por todo o escritório. Inchan virou-se para a TV com uma expressão aborrecida. O homem continuou falando.

[Todo mundo! Por favor, abram seus olhos!]

— Nossa, o que está acontecendo ali? Haha.

Inchan riu enquanto olhava para o homem lutando contra o repórter pelo microfone.

— Jaehwan, olha isso. Você deve examinar tudo se quiser ser um bom editor.

Mas antes que Jaehwan pudesse responder, o homem gritou enquanto pegava o microfone novamente.

[Todos nós devemos saber disso. Estamos presos dentro da torre! Estamos sendo cultivados dentro da Torre dos Pesadelos!]

Inchan caiu na gargalhada.

— Hahahaha! Torre dos Pesadelos? O que há com aquele homem? Talvez seja um dos nossos clientes!

O homem gritou desesperadamente. Talvez a voz de um homem enfrentando o Fim soasse assim. Foi tão desesperador. Todos no mundo riram do homem, mas o homem não se conteve.

[Todos nós, este mundo… Não é… Não é a vida… O Fim… A torre…!]

E com aquela voz, a tela mudou e a pessoa na TV se desculpou pelo incidente inesperado. Inchan ainda estava rindo.

— Haha, o mundo é mais divertido do que fantasia hoje em dia. Devemos estar alertas, você não acha?

Jaehwan sentiu a mão de Inchan batendo em seu ombro, mas não conseguia tirar os olhos da tela. Ele não via mais o homem, mas ainda olhava para ele. Depois de um tempo, Jaehwan respondeu:

— Sim, você está certo.

— Bom. Agora, vamos ao que interessa!

Jaehwan então se sentou à mesa. Havia arquivos deixados pela pessoa que trabalhou lá antes para Jaehwan colocar em dia. Mas Jaehwan não conseguia se concentrar em nenhum deles. Estava olhando para o computador, mas estava pensando em outra coisa. Ele não conseguia parar de pensar no homem.

Tinha uma barba cheia, um jaleco sujo e cabelos brancos mais proeminentes.

Jaehwan conhecia o homem. Já fazia um tempo desde então, mas não conseguia esquecê-lo. Como poderia?

“Sem chance. Por quê…?”

A voz do homem ainda estava clara na mente de Jaehwan.

—Mesmo que a torre não apareça, acredito que seu mundo existiu– Não. Existe.

Era o homem com quem Jaehwan passou mais tempo depois que voltou à ‘realidade’. O homem que entendia Jaehwan mais do que qualquer outra pessoa neste mundo. E era o homem que declarava o mundo de Jaehwan como uma ‘ilusão’ mais claramente do que qualquer outro.

O homem na TV era o médico.


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