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The World After the End – Capítulo 246

Ouroboros (2)

Quando o Novo Mundo apareceu pela primeira vez, o nome mais popular era, claro, ‘Jaehwan’.

Foi ele quem destruiu a Árvore das Miragens e o Sistema.

As pessoas estavam curiosas sobre quem ele era. Que tipo de homem ele era e por que destruiu o mundo para criar um novo mundo? Todos procuraram por ele, mas ninguém parecia saber para onde Jaehwan havia desaparecido.

Houve alguns que afirmaram que eram ‘Jaehwan’.

— Eu sou o Deus do Novo Mundo!

A maioria deles disse essas coisas, mas seus cadáveres logo foram encontrados alguns meses depois. A razão para as mortes variava. Às vezes, eles eram mortos por estocadas e cortes, e às vezes eram queimados até a morte. O pior de todos foi quando foram mortos por uma clava de ouro.

-Qualquer um que alegar ser Jaehwan morrerá.

Quando todos os impostores morreram, Jaehwan se tornou um ser mais misterioso. Alguns até consideravam Jaehwan um verdadeiro Deus do Novo Mundo, mas muitas pessoas o condenaram.

-Sem habilidade, sem status! Como podemos viver neste mundo!

-Traga de volta o nosso mundo! Traga de volta!

As pessoas ficaram chocadas. Não havia interface, guia e status. Eles tinham que suportar o mundo sozinhos. E não era só isso.

-Eu… Eu não quero morrer…

A vida ‘imortal’ foi tirada quando o Sistema caiu. Todo ser no mundo agora enfrentava a ‘morte’. O ‘envelhecimento’ que foi removido havia retornado. Agora, todo ser não poderia escapar do tempo. Foi assim que eles se tornaram ‘seres’.

Havia a chegada da morte certa, mesmo quando nada era feito.

Alguns ficaram com medo e sentiram que era doloroso, mas nem todos sentiram o mesmo. Houve alguns que aceitaram a ‘morte’ de bom grado.

-Tudo bem. Não fique tão triste.

-…

-Ei, para de chorar menina.

-E-Eu não estou chorando!

A velha voz enfraquecida de Chunghuh trouxe lágrimas para algumas pessoas. Sirwen era uma delas. Lágrimas? Ela ainda tinha tais emoções nela? Sirwen sorriu amargamente, mas não conseguiu conter o choro.

-Já vivi bastante… Não é a primeira vez mas ainda me deixa nervoso. Hehe

Alguns sorriram para Chunghuh ainda fazendo piadas no último dia. Todos eles agarraram a mão do homem. Era a mão de um velho guerreiro, a mão de um velho que lutou pelo que era certo durante toda a sua vida. Sirwen segurou sua mão.

-Só uma vez… Queria ver Jaehwan pela última vez… Espero que ele esteja bem.

O velho que viveu a vida inteira olhando para o céu, morreu olhando para o céu.

E com Chunghuh para começar, as pessoas começaram a morrer.

Cayman, Euren e os líderes dos clãs do <Caos>…

Aqueles que sobreviveram ao tempo de vida humano normal foram os primeiros a ir. Yoo Surha foi uma delas.

-Sinto inveja de você pela primeira vez. Eu sou o que você vê, mas você ainda parece a mesma do dia em que te conheci.

-Pesadelos vivem por muito tempo.

-Sim…

Surha sorriu amargamente.

-Você vai esperar por ele, não é?

-Sim.

-Por favor, diga a ele quando voltar. Que ele não estava errado. Mesmo que tudo fosse inútil, que ele não estava errado…

Surha não perdeu sua força de vontade, mesmo quando envelheceu.

As pessoas que se lembravam da Árvore das Miragens, pessoas que se lembravam de Jaehwan, desapareceram uma a uma, assim. E então vieram as pessoas depois da época de Jaehwan.

Quarenta anos. Cinquenta anos.

O tempo passou rapidamente.

Agora, não restaram muitos que se lembrassem da Árvore das Miragens ou do Sistema. Eles não sabiam que havia momentos em que as pessoas podiam usar a janela de status, o inventário e mostrar sua força por meio do nível, atributos e estágios de Adaptação. Além disso, eles também não sabiam que havia um homem que lutou contra o mundo.

Karlton uma vez disse isso:

-É estranho, não é? As crianças de hoje não sabem sobre o Mestre.

-Nós nos lembramos dele. Isso é tudo que importa.

-Sim. Está tudo bem, ainda.

-Você… Suas asas parecem mais fracas.

-…

Sirwen ergueu a sobrancelha.

-Você não é meio anjo? Não deveria estar fraco já.

-Eu sou metade, sim. Estou velho se você considerar o fato de que sou meio-humano.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

-Você não está solitária?

-Cale-se. Por que eu deveria?

-Mas você ficará.

-…

-Eu realmente espero que você não fique sozinha.

Karlton olhou para o céu enquanto falava.

-Receio que esta não seja a última.

E foi um mês depois que Sirwen soube da morte de Karlton.

Setenta anos se passaram.

Sirwen ainda estava esperando por alguém. Não havia necessidade de explicar quem ela estava esperando. Ela procurou em todos os lugares por qualquer vestígio de Jaehwan.

“Não há como ele desaparecer assim. Tem que estar em algum lugar.”

“Mesmo que não esteja neste mundo, ele tem que estar vivo.”

E o número de pessoas em sua equipe de ‘expedição’ continuou diminuindo. Minora, Claire… Pessoas que se ofereceram para procurar por Jaehwan desapareceram da lista de membros um por um, por acidentes ou por idade.

“Eu gostaria que eles estivessem aqui pelo menos.”

Sirwen pensou nas pessoas que desapareceram durante os “sete dias prateados” que vieram após a destruição da Árvore das Miragens.

Yoonhwan e Seoyul.

Eles foram as únicas pessoas que desapareceram após a queda do velho mundo. Era estranho considerar isso uma coincidência e Sirwen pensou que talvez houvesse uma conexão entre o desaparecimento deles e Jaehwan.

— Capitã! Tem algo aqui!

Quando eles estavam procurando nas terras do norte, que havia rumores de que era onde o tronco da Árvore das Miragens estava, eles encontraram objetos longos e escuros lá.

— I-Isso…

Sirwen, que era um Pesadelo, percebeu o que eram no momento em que colocou os olhos sobre eles.

— Estas são as Raízes.

— Raízes? Você quer dizer as Raízes da Árvore das Miragens?

— Sim.

— Mas como… As Raízes não crescem na direção das [Regiões Remotas]?

Sirwen estreitou os olhos para o homem.

— Ei, onde você acha que as [Regiões Remotas] estão localizadas?

— Não estão embaixo de nós? Quero dizer, é para lá que as Raízes crescem, certo?

— Embaixo? Não. O universo não é tão simples assim.

— Hã? O que você quer dizer? O que…

Mas ele não conseguiu ouvir a resposta de Sirwen. Ela congelou no lugar quando o homem olhou para trás.

— Capitã?

As mãos de Sirwen tremiam. Passo a passo, ela caminhou até o canto da raiz gigante e encontrou algo preso ali.

“Eu procurei por tanto tempo.”

Ela segurou as lágrimas e acariciou o objeto que estava preso ali. Era uma espada que havia sido destruída. Era a espada que o homem mais solitário do mundo, o homem mais teimoso do mundo, uma vez usou.

Era a espada quebrada de Jaehwan.


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