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The World After the End – Capítulo 37

Médico do Desespero (4)

— Sabe como as pessoas chamam um homem assim?

Euren perguntou.

O doutor interrompeu:

— Um lunático.

O comandante acrescentou:

— Não sei se você é um herói ou um vilão.

Euren sorriu.

— Sim, alguns podem te chamar de herói, e alguns vão te chamar de vilão. Alguns podem até te chamar de lunático. Todos vão te chamar de algo diferente.

As batidas de Euren na mesa pararam.

— Eu chamo esse tipo de pessoa de “protagonista”.

Chunghuh franziu a testa.

— Ele é só um lunático!

— É só uma metáfora. Uma pessoa que não está presa a nenhuma regra e vive do jeito que gosta… Só um “protagonista” pode fazer isso.

Euren continuou:

— Você tem algo em comum com “protagonistas”. Sabe o que é?

— Não.

Jaehwan respondeu.

— É que eles são famosos.

Jaehwan ficou em silêncio e perguntou:

— E depois da investigação, descobriu que eu sou um “protagonista” famoso?

Euren balançou a cabeça.

— Não, é aí que está o problema.

— …?

— Você não é nem um pouco famoso.

Euren continuou:

— Um ser poderoso considerado um protagonista deixa seus poderes transparecerem. Seus atributos, direito de nascença, as histórias lendárias… Mesmo que o protagonista não quisesse que as histórias fossem contadas, os outros iriam espalhar mesmo assim.

Jaehwan escutou em silêncio.

— Mas não havia nenhuma informação conhecida sobre você. Nem aqui, nem nas Grandes Terras. Mesmo com o sistema de comando da Fortaleza que pode puxar todas as informações de Adaptados com a pesquisa de um nome, não encontramos informações sobre você. Sabe o que isso significa?

Jaehwan não respondeu, mas Euren continuou falando.

— Alguém está bloqueando suas informações.

— …

— Alguém está te protegendo para que não seja conhecido, seja lá qual for o motivo.

Jaehwan não falou nada.

— E eu acho que quem está fazendo isso provavelmente não é seu amigo.

— Por quê?

— Se uma organização que pode interferir nas informações estivesse lá para protegê-lo, não teria tido problemas por causa de um simples certificado no portão.

Jaehwan ficou impressionado com a lógica de Euren.

— Minha conclusão é essa. Você é um protagonista que fugiu para o Caos “acidentalmente” e está em busca de uma força gigante.

Satisfeito, Euren perguntou:

— O que acha da minha história?

— É incrível.

O que Euren disse, encaixou perfeitamente com os pensamentos de Jaehwan.

“É questão de tempo até o Monarca das Trevas se mover.”

Nesse momento, o Colhedor não percebeu que algo havia acontecido com o Cultivador e o Produto. Portanto, eles devem ter começado a fazer algo. Apagar qualquer informação seria um começo. Havia uma chance de que eles iriam segui-lo para o Caos em breve.

Jaehwan perguntou:

— E então, o que propõe?

— Minha proposta é simples. A Fortaleza de Gorgon vai te proteger.

— Proteção?

Euren concordou.

— Não vamos pedir seus atributos, nem sua identidade. Não vamos te pedir para pagar a perda de propriedade e vamos te proteger. Tudo que precisa fazer é uma coisa para nós.

Jaehwan conseguia adivinhar o que seria o pedido. Ele havia escutado vários sussurros ao longo do caminho e a poderosa energia espiritual dentro do castelo já estava o dizendo a natureza do pedido.

— Por favor, salve o nosso Mestre.

Duas horas depois, Jaehwan estava caminhando para a casa de hóspedes do castelo com Chunghuh. Eles foram guiados por uma mulher da Lua Negra.

— Podem descansar aqui. Serão escoltados pelos servos para dentro.

— Entendido.

— Ah, e ouvimos um relato de que o Capitão da Guarda e a mulher estão se recuperando agora. O Capitão levará em torno de duas semanas e a mulher levará três meses para se recuperar.

— Obrigado.

— Por favor, me chame quando precisar de alguma coisa.

A mulher que se apresentou como Hekuwa desapareceu nas sombras. Jaehwan virou para Chunghuh e perguntou:

— Por que não está indo?

— Tenho uma pergunta para fazer. Siga-me.

Jaehwan seguiu Chunghuh. Eles estavam indo para a área subterrânea dentro da casa de hóspedes. O fogo da vela iluminou o corredor enquanto eles desciam. Jaehwan pensou na discussão dele com o Chanceler.

— A Fortaleza de Gorgon é forte o suficiente para enfrentar os doze Monarcas das Grandes Terras?

— São os doze Monarcas que estão atrás de você?

— É uma possibilidade.

Ele pensou sobre aquilo um pouco e respondeu.

— O único que pode bater de frente com um Monarca é um dos próprios Monarcas.

— Isso significa que não podem me proteger deles?

— Não, é bem melhor assim.

— Por quê?

— Monarcas não podem interferir diretamente no que acontece no <Caos>.

— O que quer dizer…?

Então, ele recobrou os sentidos.

— Chegamos.

Chunghuh parou e Jaehwan franziu a testa.

— No que está pensando?

Havia um grande campo de treinamento na área subterrânea da casa de hóspedes. Armas penduradas em uma parede e na outra tinham bonecos de treinamento. Parecia que os guerreiros da fortaleza usavam o equipamento para treinar.

— Garoto. Pelo que posso ver, você não é da [Ruptura]. Sua energia é cruel, mas não manipuladora como a deles.

Chunghuh continuou:

— Mas você também não se parece com os súditos dos Monarcas. Não sinto nenhuma energia daquelas doze regiões vindo de você.

Havia alguns guerreiros que estavam treinando nos cantos do campo de treinamento. Eles notaram Chunghuh e se curvaram.

— Você é um Despertado, mas não é da [Ruptura] nem dos Monarcas… e é um que não conheço.

Chunghuh acenou para os guerreiros.

— Então só há uma resposta.

Chunghuh olhou atentamente para Jaehwan.

— Garoto, você é aquele que concluiu a torre do [Mestre]?

Chunghuh sorriu ao ler o rosto de Jaehwan.

— Entendo.

— Sabe de alguma coisa, velhote?

— Sim, eu sei.

Jaehwan tentou falar, mas Chunghuh puxou uma espada.

— Me mostre um ataque.

— …

— Sua estocada e minha retaliação. Vamos ver qual é mais forte.

Jaehwan puxou sua espada também. Ele estava curioso. Pela primeira vez, esse velhote era um oponente digno. Jaehwan sabia que esse homem era especial. Assim como ele havia usado a estocada por toda sua vida, esse velho deve ter usado a retaliação pela vida inteira dele, por um período de tempo ainda maior.

— Lute comigo. Se ganhar, vou responder suas perguntas.

Chunghuh gargalhou e acrescentou:

— Mas provavelmente é impossível.


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