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World Domination System – Capítulo 222

Detecção

Embora Kellor tenha ficado confuso com a mensagem do Rei, ele se dirigiu a uma sala específica do Palácio, onde todos os cadáveres da nobreza estavam guardados.

Na verdade, essa sala existia devido a um comando de Daneel, que decidiu construir, no futuro, algo como um cemitério, onde todos esses corpos pudessem ser enterrados com seus pecados listados, como uma lembrança para alertar as pessoas sobre o que aconteceria a quem cometesse atos graves.

Como esse plano ainda estava no papel, os corpos foram guardados com segurança em uma sala onde a temperatura foi reduzida por uma barreira para impedir a decomposição.

De acordo com a mensagem que recebeu dos funcionários do governo que administraram a execução, o corpo do Príncipe mais Velho também foi transportado para cá, algumas horas atrás.

Chegando ao local e não encontrando nada de errado, Kellor coçou a cabeça, mas fez o corpo do Príncipe mais Velho levitar com a cabeça decapitada, antes de dar a ordem de reunir todos, como o Rei havia solicitado.

Ao chegar aos aposentos reais, ele viu que todas as cadeiras haviam sido afastadas para abrir espaço no meio, onde uma mesa havia sido posicionada.

Colocando o corpo do Príncipe mais Velho na mesa, de acordo com as instruções de Daneel, Kellor ficou de lado para descobrir o que o Rei estava fazendo.

Depois de esperar que todos se reunissem, Daneel fechou a porta antes de ativar todas as formações, incluindo as de backup, para garantir que ninguém sairia dali sem sua expressa permissão.

Ao fazer isso, ele caminhou até a mesa onde estava o corpo antes de olhar em volta para ver todos que estavam ali.

Havia 10 soldados na sala, que eram apenas Lutadores Humanos Amadores. Pelo fato de ter ficado bem claro que o Príncipe mais Velho havia tanto seu poder como Guerreiro quanto como Mago, a principal coisa usada para prendê-lo eram as algemas e a ordem de Daneel, dada através do juramento, de não tentar outra fuga.

Seis empregadas e três curandeiros, que cuidaram do Príncipe mais Velho enquanto estava ferido, também estavam na sala.

Com eles, havia também dois de seus conselheiros, Faxul e Luther, que interrogaram o Príncipe mais Velho em seu lugar.

De fato, Daneel partiu assim que obteve todas as informações de que precisava sobre o quartel-general da Seita, deixando os dois encarregados de extrair qualquer informação útil daquele homem.

O motivo de ter deixado esse trabalho para Faxul foi o zelo que notou nos olhos do amigo sempre que ele recebia uma tarefa.

Daneel realmente percebeu isso quando lhe deu a tarefa de descobrir as dificuldades das pessoas. Feliz por perceber que os olhos do amigo, que normalmente estavam sem qualquer emoção, agora parecerem ter um propósito, Daneel foi atribuindo cada vez mais responsabilidades a Faxul, que sempre as desempenhou de forma infalível, como ele demonstrou quando teve que identificar alguém para testar os anúncios na Rede de Angaria.

Aproximando-se do corpo, Daneel primeiro tocou a mão do Príncipe mais Velho, que estava pálida e com uma camada de gelo, devido ao local onde estava armazenado.

Depois de pedir ao Sistema para analisar o corpo, Daneel esperou um momento enquanto ainda observava atentamente cada pessoa na sala.

Desde o momento em que fechou a porta sentiu uma leve sensação de perigo, que era tão minúscula que teria passado despercebida, se não fosse o elevado estado de alerta em que se encontrava devido ao aviso de seu instinto.

Contudo, a fonte desse sentimento escondeu cuidadosamente suas intenções, na verdade, escondeu tão bem que Daneel não conseguia detectar exatamente de onde vinha, mesmo que estivesse, definitivamente, naquela sala.

Depois de alguns segundos, Daneel sorriu levemente ao confirmar que seus instintos estavam corretos.

[Anomalia detectada. O nível de degradação da cabeça enxertada excede o do hospedeiro. Mais dados sobre a técnica são necessários para obter informações sobre as causas possíveis da anomalia.]

Seu sorriso só aumentou quando ele ouviu a última parte da mensagem.

Isso porque podia suspeitar o que havia acontecido sem precisar que o Sistema analisasse para ele.

Pelas ações do Príncipe mais Velho antes de ser executado, Daneel sabia que a única emoção que engolfava o homem era o ódio pela pessoa que foi responsável pelo seu destino.

Seguindo o que sabia sobre a personalidade do Príncipe mais Velho, ele adivinhava, com quase certeza, que tal homem só sentiria uma sensação de conquista sobre uma coisa momentos antes de sua morte – uma maneira de garantir que sua vingança fosse cumprida, mesmo que ele não existisse mais para vê-la.

Embora Daneel ainda tivesse apenas uma vaga ideia sobre a causa do alerta de seus instintos, a notificação do Sistema agora permitia que ele descartasse outras possibilidades e se fixasse naquela que era provável: a transferência da entidade enxertada.

Daneel ainda não tinha uma ideia clara sobre a estranha técnica, mas uma coisa já o impressionava muito: se a consciência podia se mover sem precisar de um corpo, então por que uma cabeça precisava ser enxertada fisicamente em uma pessoa para que isso acontecesse?

Essa ideia surgiu quando pensou sobre o fato de que, quando ele convocava seu clone, ele era capaz de mudar a consciência entre seu corpo principal e seu clone como desejasse.

De tudo o que sabia sobre o Sistema, Daneel estava ciente do fato de que o Sistema só era capaz de executar tarefas que eram limitadas pelas regras desse mundo.

Isso significava que, definitivamente, havia uma maneira pela qual o mesmo poderia ser emulado, se a técnica correta estivesse presente.

Agora, com todos esses fatos, sua dedução foi simples: o Príncipe mais Velho conseguiu, de alguma forma, transferir aquela entidade para outra pessoa para continuar sua vingança após sua morte.

A única coisa que restava era descobrir quem era essa pessoa.

Por isso, era hora de usar sua ferramenta todo-poderosa.

“Você pode detectar se a entidade está presente no corpo de alguém se eu entrar em contato físico com ela? E, se essa entidade me atacar, existe uma maneira de ativar e matar essa pessoa mesmo que minha consciência seja capaz de dar um comando?”

[Afirmativo. Uma técnica para tal situação pode ser desenvolvida e implantada com o recurso específico de um contra-ataque automático sendo acionado quando a consciência do anfitrião é atacada.]

Ao ouvir isso, Daneel ergueu as sobrancelhas ao ver que a ferramenta de desenvolvimento de técnicas também poderia ser usada dessa maneira.

Tendo isso em mente, ele começou a desenvolver e implantar a técnica antes de caminhar até a pessoa mais próxima a ele, que era um dos soldados que vigiavam o Príncipe mais Velho.

“Todos fiquem parados. O Príncipe mais Velho carregava algum tipo de doença, que ele pode ter passado para vocês sem que percebessem. Acabei de obter informações sobre isso e verificarei cada um de vocês para garantir que não foram infectados.”

Dizendo isso para todos na sala e ouvindo os suspiros de medo de algumas criadas, Daneel pegou a mão do soldado, como se estivesse verificando seu pulso.

Ao receber o sinal de aprovação do Sistema que a entidade não estava presente nessa pessoa, Daneel passou para a próxima, certificando-se de notar se alguém agia de forma anormal.

A entidade definitivamente era senciente o suficiente para entender que ele a detectaria em breve.

Se estivesse no lugar da entidade, o que faria?

Um ataque surpresa desesperado era a única resposta.

À medida que cada pessoa na sala era declarada segura, Daneel sentiu-se cada vez mais tenso, sabendo que o ataque viria em breve.

Além de seus conselheiros, restavam apenas os curandeiros.

Passando para a próxima pessoa, Daneel congelou quando tocou o seu braço.

Era como se uma montanha de repente o esmagasse, fazendo-o acreditar que ele era apenas uma pequena formiga, que não podia nem esperar manter sua vida diante de um poder tão grande.

Antes que ele pudesse entender o que estava acontecendo, uma notificação soou perto dele e que o fez gritar em pânico.

[Anfitrião está sob ataque de consciência. Começando o contra-ataque.]

“NÃO! Pare! Desative a técnica!”

Esse pânico foi resultado do fato de que a pessoa que estava à sua frente, o encarando com olhos cheios de ódio, era seu amigo mais antigo e próximo, Faxul.


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