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Apocalypse Hunter – Capítulo 102

As Mil Tropas e Cavalos de SoSeoLan

Uma semana depois.

Os relatórios da revolta e sua supressão alcançaram Asura e ela chegou em Shane com sua escolta.

Na realidade, não havia necessidade do Rei ir para tal lugar. Dessa vez, entretanto, feitiçaria suspeita estava envolvida e o controle do Grupo sobre a região não estava estável ainda, então Asura precisava resolver isso ela mesma.

Depois da revolta em Shane, não só os membros da guerrilha, mas todos os membros de suas famílias também foram presos e jogados nas celas do prédio do governo.

— O Rei está aqui! — Um residente gritou, não um dos guardas Salteadores. Obviamente, era uma reação bem diferente da primeira vez que o Grupo apareceu.

Os aldeões assistiram a procissão do Rei com uma mistura de boa vontade e expectativas.

A razão era simples: o Grupo devotou seu tempo e esforço restaurando a cidade e lidando com os mortos e os cidadãos ficaram completamente enojados pelas forças antigas.

Na verdade, as gangues existentes foram presas por causa da possibilidade de vingança. O golpe resultou nos aldeões terem sentimentos quanto ao Grupo.

O Rei com sua máscara de demônio andou, cercada por dez guardas. Pessoas não gritavam o nome do Rei, mas elas abriram caminho para olhar para ela.

A máscara de demônio exalava uma energia estranha. Ninguém sabia que ela era mais do que uma simples máscara, uma ferramenta mágica. Ainda, ninguém ousava encarar a máscara, curvando suas cabeças em vez disso.

— Há muita evidência de luta. — Asura murmurou baixinho com uma voz rouca quando viu os prédios caídos perto do prédio central.

— Nós perdemos quarenta e um soldados comuns e sete estão seriamente feridos. — O Administrador, que estava acompanhando ela desde a entrada, disse. Ela assentiu.

Metade?

Para a chegada do Rei, os criminosos foram reunidos e amarrados na praça. O Rei se sentou nos degraus do complexo do governo e as pessoas se reuniram ao redor da praça como nuvens para ver a execução dos criminosos.

Na frente dos criminosos, estava Turian, a mente por trás de tudo e que fez muitas vítimas, estava ajoelhado e com sua boca amordaçada.

— Mmm! Mmm! Mmmm!

Como se tivesse algo a dizer, Turian murmurou com seus olhos arregalados. Asura olhou para ele e disse.

— Até prisioneiros deveriam ter direito de falarem por eles mesmos. Tire a mordaça.

— Sim, senhora!

Um Salteador foi a frente para tirar a mordaça de sua boca. Eles estavam esperando ouvir auto-justificativa, mas o que saiu da boca de Turian foi algo totalmente diferente.

— Essa é a nossa terra! Saiam daqui seus canibais imundos!

— Hmm… eu não falei para você implorar? Senão, não há motivo para você mexer essa língua. Cale a boca.

Os olhos dentro da máscara de Asura brilharam em vermelho de repente e, quando Turian olhou para ela, sua língua congelou.

— Você parece achar que o que você está fazendo é corajoso. Ah, você devia saber que é na verdade um bravado imprudente. Coragem deve ser garantida com ação, mas esse ato de vocês é só imprudência sem nada para mostrar.

Turian sentia como se estivesse sufocando. Naquele momento, era impossível para ele exalar ou inalar a menos que Asura permitisse.

Asura continuou.

— Eu ouvi falar sobre a “pequena comoção” que vocês causaram. Que crianças armadas mataram muitos. Eu disse a vocês que todas as regras e regulações que estavam no lugar previamente agora não existiam mais, assim como todos os pecados do passado. Não disse isso? É por isso que  puni levemente até aqueles que vendiam drogas e enganavam o povo. Eu não chamei isso de misericórdia, mas de compreensão. Entretanto, não sou de pegar leve em punições. Agora, vou deixar você saber dos seus crimes.

As palavras de Asura eram estranhamente baixas, mas todos na praça grande podiam ouvi-la. Sua voz estava sendo carregada pelo vento, assim como a de Cho-Yul.

— Você cobiçou o poder que tinha no passado, então vou dizer que esse é o seu primeiro crime.

Asura anunciou lentamente os crimes cometidos por eles.

— Você feriu meu exército e minhas pessoas, esse é o seu segundo crime.

— …

— O que significa, que você violou as leis que eu declarei, então esse é o seu terceiro e maior crime.

Asura olhou para as pessoas amarradas.

— Os crimes dos rebeldes foram determinados como verdadeiros. Amarrem eles aos postes até que os corvos limpem a carne de seus ossos.

Asura anunciou calmamente a pena de morte dos membros da guerrilha. Os olhos de seus pais quase saiam de suas cabeças e os gritos abafados das crianças podiam ser ouvidos por todo lugar.

— Entretanto, não é minha política punir aqueles culpados por associação, mas sim apenas os que participaram.

O que era crime e o que era justiça? No mundo onde essas duas palavras foram esquecidas a muito tempo, Asura estava estabelecendo a lei de novo na frente das pessoas.

Asura examinou as famílias, não os membros da guerrilha e disse.

— Eu  proibi drogas entorpecentes, mas vejo pessoas com olhos enevoados aqui. Isso também é uma violação das minhas regras e, dessa forma, um crime.

Asura que podia julgar se alguém estava ou não sob influência de drogas, parecia uma deusa nos olhos das pessoas. Um rei tinha que ser fundamentalmente diferente de um ser humano. Esse era o único meio que as pessoas poderiam justificar estar sob seu controle.

Isso era verdade até em um único castelo, mas Rei Asura, que queria construir uma nação nova, precisava ser além da imaginação.

— Ouça, Administrador.

— Sim, meu Rei. — O  Administrador respondeu com sua cabeça curvada diante Asura.

— Encontre as drogas escondidas e se livre delas. Quem for pego usando será açoitado dez vezes e se alguém se tornar impuro com drogas, receberá a pena máxima.

— Suas ordens são meu comando.

Eles seriam punidos apropriadamente por quebrar o decreto real.

— Executem eles.

Com isso dito, Asura soltou a mordaça mágica de Turian. E de olhos vermelhos, ele gritou.

— Eu vou amaldiçoar vocês mesmo na minha morte! Seus canibais.

— Para me amaldiçoar, não seria o bastante mesmos se a sua alma voltasse como o Espírito Original. Eu gostaria de te ver tentar.

Infelizmente, Asura era uma feiticeira de alto nível que podia derrotar a maioria dos espíritos com um balançar de seu dedo. As crianças lutaram desesperadamente para se soltarem, mas não conseguiam escapar das mãos fortes dos Salteadores.

Os executores esperavam com suas facas em mãos. Ao sinal do Administrador, os pescoços dos membros da guerrilha foram cortados de uma só vez.

Depois de uma pausa breve, um dos aldeões gritou.

— Eu estou tão feliz que vocês estão mortos, seus malignos!

Esse foi só o começo.

— Todos deveriam ser mortos! — Alguém apontou para os membros de gangue remanescentes e, então, os residentes começaram a gritar.

— O Rei é o melhor!

— Eu me sinto satisfeito!

— Desperdícios de vida!

As pessoas estavam gritando e delirando e, logo, os outros criminosos foram desnudos e açoitados na praça. Depois do julgamento, o Rei foi até o prédio central.

— Pessoal adicional será provido no futuro próximo. Esperem um pouco.

— Sim.

— A propósito, a cidade inteira está cheia de magia negra. Algo aconteceu?

Quando entrou em Shane, ela notou sinais de que um feitiço foi lançado na cidade. Era fraco, mas o que restava não era comum.

— Me deixe te ler. — Asura olhou para o Administrador e ele se ajoelhou na frente dela.

— Claro, vá a frente.

Ele era um homem gigante que, mesmo de joelhos, quase alcançava o pescoço de Asura.

Asura pôs sua mão na cabeça dele como se não houvesse nada mais a dizer. A energia negra se elevou de sua mão e transferiu suas memórias para ela.

Em vez de procedimentos de relatório, ela conseguia obter as informações ao ler as memórias de qualquer um sob seu controle.

— O Caçador de Bruxas? — Quando ela encontrou sua memória de seu encontro com Zin, não conseguiu não ficar surpresa. O caçador de malignos que ela conheceu antes foi a Shane por algum motivo.

Ele estava aqui para coletar informação?

Ela devia tomar cuidado, mas ele não era um oponente assustador. Então, ela leu as memórias da guerra que aconteceu em Shane, da ajuda de Zin e do tabu colocado na cidade.

Por algum motivo, o grupo do caçador de malignos ajudou durante a luta para proteger Shane. O caçador pareceu ter ido embora depois de ter recebido seu pagamento e tudo pareceu como uma transação normal de pagamento por serviços prestados.

Entretanto, quando ela leu a próxima memória, seus olhos se arregalaram. Depois de tirar sua mão da cabeça do Administrador, Asura perguntou de novo, apesar dela saber a resposta. Mostrando o quão confusa estava.

— Meu irmão… está aqui?

O Administrador assentiu.

— Sim. Ele não parecia um mentiroso, então nós o deixamos ficar aqui.

O Administrador encontrou Cho-Yul que se separou de seus parceiros. De primeira ele duvidou quando Cho-Yul disse de repente que conhecia o Rei, mas quando ele revelou seu conhecimento sobre o feitiço Espírito Morto e outras feitiçarias, não havia mais motivo para duvidar dele.

Como o Rei já estava chegando, o Administrador acreditava que, como o Rei, ela conseguiria vê-lo quando ela chegasse e arranjou para que Cho-Yul ficasse dentro do escritório central.

— Eu espero não ter cometido um erro. — As palavras do Administrador estavam cheias de lealdade e preocupação. Asura assentiu lentamente. Ela podia ler aqueles que ela controlava, mas isso não era uma via de mão dupla, então o que estava sendo controlado não podia ler os pensamentos do Rei.

— Estou feliz que você não agiu sem pensar. Eu vou vê-lo agora.

O Administrador liderou o caminho e o Rei o seguiu, mas seu passos pareciam estranhamente apressados.


— Oh, ir-irmã…

— Espere lá fora por um tempo.

— Sim.

O Administrador saiu e apenas os dois estavam no quarto: Cho-Yul e Asura. Ela tirou sua máscara e encarou Cho-Yul com seu rosto desnudo. Agora que ele olhava para ela, talvez por causa do nervosismo, seu rosto endureceu e suor frio escorria de sua testa.

Tendo lido a memória, Asura já sabia o motivo de Cho-Yul estar aqui.

— Você quer ficar comigo? O que você quer dizer com isso, irmão?

— Bom, is-isso é…

— O caçador falou com você?

Essa era a verdade, mas no fim, era escolha de Cho-Yul.

— Eu perguntei a você o motivo da pessoa que está me evitando todo esse tempo de repente quer ficar comigo.

Estranhamente, quando ela estava com Cho-Yul, o Rei não era um rei, mas SoSeoLan. Até os lábios de Cho-Yul estavam tremendo e ele não conseguia falar. Sua interrogação implacável trouxeram seus medos antigos de volta e ele não conseguia abrir sua boca.

Olhando para ele daquela maneira, as veias de sua testa começaram a saltar.

— Seu idiota! Por que você não diz nada? Quanto tempo você vai ficar dentro do seu casulo como uma esposa de um rato no quanto de um quarto? Você acha que ainda tem dez anos? Você já é adulto! — Ela gritou com Cho-Yul, que e´so conseguia mover seus olhos com medo.

Tremendo com sua repreensão, ele gritou de volta sem perceber.

— Ir-imã, é porque você grita comigo o tempo todo!

— O quê?

Cho-Yul ficou surpreso por ter dito aquilo e os olhos de SoSeoLan se arregalaram com espanto ao ouvir aquilo.

— Vo-vo-você… você… acabou… de gritar comigo?

Confusa, ela soltou uma risada vazia. Agora que ele começou a falar, Cho-Yul cerrou seus punhos com força, pronto para morrer.

— Sim, eu gritei. Você, irmã, sempre é uma má comigo, então é difícil para mim dizer qualquer coisa. Você me deixou desse jeito, mas agora você fala para eu ser mais assertivo. Você acha que é fácil?

Agora que sua boca se abriu, ele extravasou com seus olhos cheios de lágrimas.

Todas as surras que ele recebeu quando criança o faziam se sentir pequeno, mas agora ela queria que ele fosse mais assertivo e isso era um absurdo.

— Huh, que-que rude! Você está sendo rude demais!

— Eu estava tentando ser educado ficando quieto, mas você gritou comigo para eu falar.

Nenhum dos dois chegou a discutir, mas de algum jeito, a conversa foi para uma direção bem estranha. SoSeoLan rosnou para Cho-Yul.

— Quase parecia que você ousaria me bater.

— Por que eu faria isso? Se eu fizer, sei que você vai me bater dez vezes mais!

— Ainda? Seu idiota!

— Yep!

Reflexivamente, SoSeoLan levantou sua mão e Cho-Yul recuou para a escuridão. Assistindo ele agir como se já tivesse sido acertado, ela olhou para seu braço levantado e um Cho-Yul assustado, um depois do outro.

— Uh, hmmm…

Envergonhada, SoSeoLan abaixou sua mão e ele abaixou a mão que ele estava usando para cobrir seu rosto. Franzindo o cenho por ter reagido um pouco exagerada.

— Bom, agora você pode falar, me deixe te perguntar de novo: por que você quer ficar comigo? Por qual motivo? Como você viu, eu aprendi o feitiço Espírito Morto. E já que você estava com o caçador mais cedo, posso imaginar que seus motivos não são muito puros.

Ela pensou que já que Cho-Yul tinha olhos, ele poderia ver que o Administrador era um cadáver ambulante sob o controle do feitiço Espírito Morto.

Eu gosto da governança do Grupo. Eu quero me devotar ao bem maior. Pensando melhor, eu gosto do jeito que o Grupo é gerido.

SoSeoLan estava pensando em todas as coisas plausíveis que ele podia dizer. Sem sombra de dúvidas, ele estava agindo de maneira tola, então ele diria alguma bobagem que não era séria. SoSeoLan estava chateada com o caçador na maior parte por ter enchido a cabeça do seu irmão com veneno.

Cho-Yul estava balbuciando mais uma vez e sua paciência estava se esgotando.

— Você realmente está testando os limites da minha paciência!

Parecia que ela ia acertar ele, então Cho-Yul gritou em reflexo. — Ir-irmã, eu quero ficar com você!

— O qu… o quê?!

E percebendo o que ele acabou de dizer, seu rosto ficou extremamente pálido, quase azul.

— Bom, é, é que…

— Você é doido. Mas que porra você tá falando?

Ela esperava ouvir algum argumento lógico ou persuasivo, mas quando algo totalmente inesperado saiu de sua boca, ela ficou chocada ao ponto de não conseguir falar. Seu rosto ficou vermelho de raiva e por outros motivos.

— É, hm… bom… seu tolo maluco! Você está falando…. bobagem…

Ela riu enquanto tremia de seus lábios até a ponta de seus dedos. Ele sabia a merda que le tinha dito, então também estava tremendo como vara verde.

— Ir-irmã, você não me entendeu. O-o que eu estou ten-tentando dizer é que…

— Senão é isso, o que você quer dizer então? Você está me zoando?

Conforme Cho-Yul tentava cobrir as coisas, SoSeoLan respondeu com seu rosto em vários tons de vermelho.

— Te zoar?! Não! Não! Me desculpa por te ofender!

*Bam!*

Ele até se ajoelhou e abaixou sua cabeça. Quando percebeu que parecia que estava brincando, ele se ajoelhou naturalmente Conforme ela o assistia implorar sua inocência, ela suspirou com pena.

— Por favor, irmã! Não quis dizer isso desse jeito!

— Ha… quando você vai agir como um ser humano?

Ela balançou sua cabeça agonizada.

— Se levante.

— Vo-você me perdoar?

— Cala a boca e se levanta! — SoSeoLan gritou e Cho-Yul pulou como uma bola de pingpong. Ela se aproximou dele lentamente e ele recuou, incapaz de confrontá-la. Ele tinha suas costas contra a parede e SoSeoLan chegava até seu queixo.

Ele era na verdade mais alto que ela, então ela estava olhando para cima. Ele tentou evitar seu olhar, mas ela estava olhando bem nos olhos dele. Nesse ponto, os dois estavam quase se tocando.

Apenas um momento antes ela estava prestes a tocar seu queixo com seus lábios, ela estalou sua língua e disse.

— Seu homem estúpido.

Ela sorriu.

— Como você ousa entreter tal pensamento?!

Talvez tendo lido algo em seus olhos, ela se afastou dele com um olhar malvado, mas com um sorriso charmoso em seus olhos. Cho-Yul estava prestes a perder sua mente depois de sentir o cheiro remanescente dela em seu corpo.

— Tome cuidado com o que você vai falar e fazer daqui para frente.

— Sim, o quê?

Cho-Yul perguntou de volta com um  olhar confuso. De algum jeito, a careta dela se foi e havia um sorriso em seu rosto.


— Até agora, eu considerei você como meu irmão e é por isso que fui leniente com você, mas dizer tais coisas como você quer ficar comigo poderiam ser consideradas ofensas para o Rei.

Ela voltou, pegou Cho-Yul pelo pescoço e arrastou ele em direção a porta.

— U-uou, calma!

— Você ouça com atenção. Eu não sei o que você está tramando, mas se tiver más intenções, vou te transformo em cadáver.

— Geessh, você tá séria?! — Depois de ouvir isso, ele de repente ficou ansioso, se perguntando se ele estava indo para o caminho errado.

— Claro, sou eu quem usa pessoas, não o outro jeito.

Aquela era uma expressão de auto-confiança e ela estava essencialmente dizendo que, por mais que ela tentasse, o Rei entendia que nem todos seriam leais a ela, mas ela ainda tomou o papel de Rei.

Nesse sentido, SoSeoLan tinha qualidades o bastante para ser um rei.

— Ir-irmã! Mas isso… pode me soltar? — Cho-Yul implorou enquanto era arrastado, mas SoSeoLan continuou;

— Eu não sou sua irmã, eu sou o Rei. Se dirija a mim apropriadamente.

O Rei, com um sorriso feliz, arrastou Cho-Yul e seus mil cavalos e tropas para fora do quarto.


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