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Reincarnated With The Strongest System – Capítulo 134

Floresta Encantada [Parte 2] 

Diante da mudança repentina nas circunstâncias, os dois garotos mantiveram a calma e enfrentaram os javalis selvagens. Eles queriam acabar com a luta o mais rápido possível para evitar que alguém se aproveitasse da situação.

William não se incomodou em fazer um ataque furtivo contra os dois, pois queria encontrar um local seguro para montar sua base. Não estava com pressa para coletar pontos, já que aquele era apenas o primeiro dia. Sua prioridade era a segurança.

Assim que William deixou a cena, duas flechas voaram de algum lugar na floresta e atingiram as costas dos dois garotos, que ainda estavam ocupados enfrentando os javalis. Embora tivessem intensificado seus sentidos para evitar emboscadas, as flechas conseguiram escapar de sua percepção.

Os dois javalis não perderam a oportunidade e continuaram sua investida contra os garotos feridos. O impacto do ataque os lançou ao chão, agravando os ferimentos causados pelas flechas.

A arqueira disparou mais duas flechas, que acertaram os pescoços dos garotos, encerrando suas vidas e transformando-os em partículas de luz. Duas esferas vermelhas emergiram de seus corpos e voaram até a arqueira, que estava escondida a cem metros de distância.

Após receber seus despojos de guerra, ela deixou o local à procura de presas mais fáceis. Se possível, queria eliminar o garoto ruivo primeiro, mas ele era escorregadio como uma enguia. Como arqueira que havia participado do segundo exame, ela havia observado a batalha de William contra Psoglav com a ajuda de um telescópio.

Ela foi uma das primeiras a chegar à bandeira durante o segundo exame, o que lhe deu muitas oportunidades para observar os demais candidatos.

Embora não tenha conseguido ver a luta inteira, foi o suficiente para que testemunhasse como o garoto lutava destemidamente contra o Governante da Floresta. Por causa disso, ela marcou William como a maior ameaça na competição — mais perigoso que Drake e Spencer — e queria eliminá-lo cedo.

Infelizmente, falhou na primeira tentativa e não encontrou oportunidade na segunda. No fim, decidiu caçar os pequenos alvos e acumular pontos até ultrapassar a marca dos cem. Depois disso, planejava se esconder em algum canto da floresta até o fim da competição.

William encontrou vários outros estudantes enquanto continuava sua busca por um esconderijo. Ele os evitava como a peste e se recusava a entrar em combate. Mais cedo, havia subido em uma árvore para analisar o terreno. A floresta se estendia por quilômetros em todas as direções. Tudo o que William conseguia ver era um mar de árvores sem fim à vista.

‘Isso vai ser complicado,’ pensou William, enquanto expandia seus sentidos. Além dos candidatos que almejavam se tornar o Monitor-Chefe, William também sentiu outras ameaças espalhadas pela floresta.

Embora não fossem tão poderosos quanto Psoglav, estavam no mesmo nível de sua Mamãe Ella em sua Forma de Íbex de Guerra.

‘No máximo, Nível de Ameaça D e C,’ William coçou o queixo com os dedos. ‘Eles estão bem distribuídos. Acho que já estabeleceram seus próprios territórios.’

Depois de refletir um pouco, William decidiu pedir uma segunda opinião.

‘Sistema, alguma recomendação?’ perguntou William.


< Para responder à pergunta do anfitrião, não participarei deste evento. Isso significa que não ajudarei o anfitrião de nenhuma maneira, exceto na troca de Classes de Trabalho. Também já desativei a função de mapeamento. O anfitrião não poderá usar o mapa para ver seus inimigos. >


‘Por que essa mudança repentina?’ retrucou William. ‘E a amizade entre o protagonista e seu sistema?’


< Anfitrião. Lembre-se: depender sempre de ajuda externa não será benéfico para o seu crescimento. Eu acredito no poder do anfitrião. Comparado com as dificuldades que você já enfrentou no passado, esse teste insignificante não é nada. >


‘Não sei se fico feliz ou não, mas você tem um ponto.’ William suspirou. ‘Tudo bem. Por favor, mude minha subclasse para a Classe Cavaleiro.’


< Entendido. A troca de Subclasse foi concluída. >


‘Obrigado.’


< Boa sorte. >


William desceu rapidamente da árvore e seguiu em uma direção específica. Com as habilidades passivas da Classe Pastor, havia encontrado uma forma de usar o terreno a seu favor.

“Espere! Por que não fazemos uma aliança?” propôs um garoto magricela. “Você vira o chefe e eu serei seu capanga. Todo mundo sai ganhando, certo?”

“Sua proposta é boa,” disse um garoto de aparência descolada com um sorriso. “Mas o que eu preciso agora é… dos seus pontos!”

Spencer deu um passo à frente e atravessou quatro metros de distância em um único movimento. Sua lança avançou e um grito de dor ecoou pela floresta. Logo, o corpo do garoto magricela se desfez em partículas de luz enquanto uma esfera vermelha flutuava no ar.

O garoto descolado pegou a esfera vermelha com a mão direita. Assim que a tocou, ela desapareceu, e o dorso de sua mão brilhou, revelando o número 12.

‘Apesar da aparência, ele era bem habilidoso,’ pensou Spencer ao ver seus pontos aumentarem em quatro. ‘Agora, é hora de acumular mais pontos.’

Spencer seguiu rumo às profundezas da floresta, onde os outros candidatos estavam escondidos. Ele caminhava com confiança, pois sabia que apenas um punhado de pessoas ali poderia representar uma ameaça real em sua luta pelo título de Monitor-Chefe.

‘Aproveite enquanto pode, Drake.’ Spencer sorriu com desdém. ‘Da próxima vez que nos encontrarmos, não vou me segurar.’

Duas esferas vermelhas apareceram diante de Drake quando ele embainhou sua grande espada.

“Bando de fracotes,” Drake cuspiu no chão. “Pelo visto, só aquele desgraçado do Spencer é uma ameaça de verdade nessa competição.”

Com um aceno de mão, as duas esferas voaram em sua direção. O número 20 apareceu no dorso de sua mão, provando que ele havia matado mais do que Spencer.

O número total de candidatos concorrendo à posição de Monitor-Chefe era inferior a trezentos. Isso representava cerca de dois terços dos alunos do Primeiro Ano na Divisão de Classe Marcial. Depois de fazer uma estimativa inicial, Drake sabia que só precisava eliminar pouco mais de cem para garantir o cargo de Monitor-Chefe para si.

“É bom que você não cruze meu caminho, Spencer,” murmurou Drake, já mirando em seu próximo alvo. “Vou fazer você se arrepender de ter se matriculado na Academia Real.”

“Vejo muitas joias brutas nesta competição,” disse Grent com um sorriso. Ele observava as batalhas de Spencer e Drake e estava bastante satisfeito com o desempenho deles. Também havia notado a garota arqueira que eliminava alvos à distância. “Talvez nem precisemos esperar três dias para saber quem será o vencedor. O que acha, Andy?”

“Acho que esses dois pirralhos estão se superestimando,” respondeu Andy de forma preguiçosa. “Quanto à garota caçadora, ela tem potencial. Talvez eu a aceite como aprendiz, se conseguir uma boa colocação nesta competição.”

Grent bufou. “Você ainda está obcecado por aquele garoto, o William.”

Grent observou o pastor que avançava lentamente em direção às profundezas da floresta. Ele havia visto como o garoto ruivo escapou de seus perseguidores e ficou bastante descontente com ele.

Naturalmente, ainda esperava que o garoto o surpreendesse de novo. Afinal, ele esteve presente quando William enfrentou o Governante da Floresta.

“É só esperar,” disse Andy, tomando um gole de cerveja. “Tenho certeza de que ele não vai decepcionar nenhum de nós.”

“É bom que não decepcione. Tenho grandes expectativas para ele.”

“Que tal fazermos uma aposta?”

Andy sorriu ao propor as condições ao seu superior: “Metade do salário do mês, se conseguirmos adivinhar quem será o Monitor-Chefe do Primeiro Ano. O que acha?”

“Você acha que eu sou idiota?” retrucou Grent. “Meu salário é seis vezes maior que o seu. Não ganho nada com essa aposta.”

Andy estalou a língua, decepcionado por seu plano de ganhar dinheiro fácil ter ido por água abaixo. Quando voltou sua atenção para o garoto ruivo — que naquele momento fugia de quatro lobos da floresta — sentiu seu sangue ferver.

Mas não era por raiva ou frustração. Era por expectativa. Ele não sabia de onde vinha aquela fé cega. No entanto, ao ver o desempenho de William na floresta, sentia que aquele garoto mudaria a forma como as outras Divisões viam a Divisão de Classe Marcial.

Nos últimos anos, a Divisão Marcial sempre fora menosprezada, pois havia poucos talentos promissores capazes de enfrentar os representantes das Divisões de Magia e de Espíritos.

Andy já havia aceitado esse fato e enterrado suas reclamações no fundo do coração. No entanto, todas as noites, depois que os exames terminavam, ele sempre via uma bandeira brilhante tremulando na escuridão quando fechava os olhos para dormir.

Andy via um garoto de cabelos ruivos em chamas, segurando uma bandeira dourada nas mãos. Ele cavalgava em seu Íbex de Guerra Angoriano, enquanto na outra mão empunhava uma lança que parecia emitir sua própria luz.

Andy se lembrava daquele momento glorioso, quando o garoto ergueu a lança bem alto, como se desafiasse o próprio mundo sombrio. Ele observou, com reverência, enquanto o garoto avançava com a lança em punho.

Com aquele único golpe, a luz iluminou o mundo. A cena era tão bela, tão surreal, que até alguém tão insensível quanto Andy sentiu que ainda havia esperança.

‘Talvez, desta vez, um milagre aconteça,’ pensou Andy, encarando William com um olhar quase fanático. ‘Pequeno pastor, que você possa atravessar a escuridão e iluminar o mundo. Assim, pessoas como nós poderão erguer a cabeça com orgulho e recuperar as honras que perdemos há muito tempo.’

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