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Reincarnated With The Strongest System – Capítulo 138

O Orgulho de um Arqueiro [Parte 1] 

A garota imediatamente invocou um escudo redondo prateado de seu anel de armazenamento e encolheu o corpo atrás dele.

Um estrondo metálico ecoou pela noite quando a flecha de aço colidiu com o escudo prateado. Priscilla imediatamente usou o chicote pendurado na cintura e o lançou contra um galho de árvore. O chicote se enrolou no galho, impedindo-a de cair direto no chão.

Outro som cortante rasgou o ar e o chicote ao qual ela estava pendurada foi partido ao meio.

Priscilla cerrou os dentes e abriu os braços. Suas roupas haviam sido feitas especialmente com um mecanismo embutido de planagem que lhe permitia planar por curtas distâncias. Dois dispositivos em forma de asas se estenderam debaixo de seus braços até a roupa em sua cintura.

Quando a garota de cabelos negros aterrissou com segurança no chão, suas roupas voltaram ao estado normal.

Ela então ergueu a cabeça e encarou a escuridão à distância.

“Eu devia ter focado em te eliminar antes.” Priscilla suspirou. “Agora é tarde demais pra isso.”

Um cervo branco gigante surgiu da escuridão e observou a garota com uma expressão calma. William, que estava sentado em suas costas, já havia posicionado uma flecha em seu arco.

“Está se sentindo inconformada?” William perguntou. “Neste momento, você é a última candidata restante nesta Floresta Encantada. Todos os outros já foram eliminados.”

A bela garota de cabelos negros segurou firmemente o arco em sua mão e olhou de volta para William com uma expressão firme.

“Eu, Priscilla Nerelle Grandfall, desafio William Von Ainsworth para um duelo,” declarou Priscilla com seriedade. “Você ousa aceitar?”

Os olhos castanhos da garota se tornaram dourados enquanto ela aguardava a resposta de William. Ela sabia que o garoto ruivo não tinha motivo algum para aceitar seu desafio, já que a criatura em que estava montado era mais do que suficiente para acabar com sua vida.

Ainda assim, seu orgulho como arqueira e membro da Ordem dos Ventos Cinzentos não lhe permitia simplesmente se render.

William encarou a bela garota à sua frente. A cor de seu cabelo lembrava a própria cor de cabelo dele quando ainda vivia na Terra. Para ser sincero, ele nunca imaginou ver uma garota com traços tão parecidos com os das pessoas de seu mundo original.

“Muito bem, mas com uma condição,” William respondeu com um sorriso. “Se eu vencer, você se tornará minha Vice-Presidente.”

“E se eu vencer?” Priscilla retrucou.

“Se você vencer, então permitirá que minha Mamãe Ella more comigo no dormitório,” William respondeu. “Além disso, você não poderá me dar ordens. Isso é algo com que você precisa concordar, ou eu não aceitarei esse duelo entre nós dois.”

Priscilla franziu o cenho. Não sabia quem era essa tal de Mamãe Ella, e a proposta de William não lhe dava nenhuma vantagem, além de se tornar a Monitora-Chefe. Ainda assim, era uma oferta que não podia recusar.

Ou aceitava, ou morria. Esse era o ultimato velado de William, e ela seria tola se recusasse o ramo de oliveira que ele lhe estendia.

“Certo, aceito suas condições.” Priscilla concordou.

“Jure pelo Deus dos Contratos que vai cumprir sua promessa,” William ordenou. “Embora você possa não acreditar, o Deus dos Contratos e eu somos bem próximos. Se quebrar sua palavra, prepare-se para sofrer por toda a eternidade!”

Em algum lugar no Templo dos Dez Mil Deuses, o Deus dos Contratos espirrou. Em seguida, esfregou o nariz e olhou para o horizonte.

“Uma garota bonita deve estar pensando em mim agora,” disse o Deus com um sorriso confiante. “Por que será que nasci tão bonito?”

“Você não tem vergonha, seu velho asqueroso?” Lily perguntou. “Para de falar bobagem e paga logo! Três dúzias de pirulitos e três caixas de bombas de chocolate. Isso dá 100.000 Pontos Divinos!”

“Lily, nós somos bons amigos,” disse o Deus dos Contratos com um sorriso. “Que tal me dar um pequeno desconto?”

“Hmpf, tudo bem.” Lily bufou. “95.000 Pontos Divinos.”

“Fechado!” O Deus dos Contratos apressadamente pagou a Deusa Loli. Em seguida, saiu assobiando uma melodia alegre. O Deus dos Contratos havia comprado esses doces como presente para suas sugar babies1. O que muitos não sabiam era que o Deus dos Contratos era um grande puxa-saco que mimava as jovens fofas que haviam se tornado suas devotas seguidoras.

Priscilla respirou fundo e jurou pelo Deus dos Contratos. Aquela era a primeira vez que ouvia falar de um deus desse tipo e pensou que William estava apenas brincando com ela. Ainda assim, como aquela era sua última chance, ela ao menos fingiria seguir o ritual em busca de uma oportunidade de sobreviver.

“Muito bem, agora estou lhe dando exatamente dois minutos para fugir,” disse William, encarando-a com uma expressão calma. “Depois de dois minutos, nossa batalha um contra um começará. Não se preocupe, as Bestas não irão interferir nem atacá-la durante esse tempo. Será um duelo justo, exatamente como você queria.”

Priscilla assentiu com a cabeça e correu na direção oposta de onde William estava. Ela precisava se distanciar dele para poder lutar ao máximo com seu arco e flechas. Pela primeira vez desde que entrou na Academia Real, a garota de cabelos negros sentia seu sangue ferver de expectativa.

Ela já havia lutado contra muitos arqueiros no Reino de Freesia, mas aquela era a primeira vez que enfrentaria alguém do Reino de Hellan. O Reino de Freesia era especialista em técnicas de arquearia. Era o reino onde nasciam os melhores arqueiros e arqueiros arcanos.

No fundo, ela se sentia grata por William ter aceitado seu desafio absurdo. Mesmo sem entender por que o garoto ruivo havia concordado com seu pedido, ela não pensava muito sobre isso.

O que ocupava seus pensamentos naquele momento era a oportunidade de ver o quão poderosos eram os arqueiros do Reino de Hellan.

O que ela não sabia era que as Artes do Arco que William usava não pertenciam ao Reino de Hellan. Pertenciam ao Sistema. O Sistema havia escolhido a Arte do Arco mais adequada para que fosse compatível com a constituição atual de William.

Não era só o sangue de Priscilla que fervia. William também sentia seu espírito competitivo despertar à medida que apertava o arco em suas mãos. Em Lont, John e Trent haviam lhe ensinado a manejar o arco.

Trent era um Sentinela. Um verdadeiro Matador de Dragões, e o conhecimento e as técnicas que havia compartilhado com William eram inestimáveis.

John, por outro lado, era especialista em arquearia montada. Montando em seu parceiro, Blitz, ele era uma força imparável no combate aéreo.

Esses dois mestres não economizaram ao passar seus conhecimentos para William, o que o fez melhorar a passos largos. Embora o Sistema tivesse lhe dado uma trapaça para aprender arquearia num piscar de olhos, a proficiência que ele conquistou durante todos aqueles dias de treino não era brincadeira.

William praticava tiro com arco quase todos os dias. Isso havia se tornado um hábito, assim como ele entrava em crise quando não bebia o leite de sua Mamãe.

O motivo pelo qual ele aceitou o desafio de Priscilla era que, pela primeira vez, teria a chance de enfrentar outro arqueiro. Ele julgava necessário adquirir experiência em um duelo real, pois isso poderia ser útil no futuro.

No fundo, ele também queria provar para seus dois mestres que os dias que passaram o ensinando não haviam sido em vão.

O Espira olhou para William e suspirou. Não conseguia entender por que o garoto decidiu fazer algo tão tolo. William não precisava aceitar o desafio, pois o Espira poderia matar Priscilla com um único golpe.

‘Os humanos nunca deixam de me surpreender.’ O Espira suspirou ao olhar para a lua. Ele sabia que, depois daquele evento, as Bestas dentro da Floresta Encantada jamais seriam as mesmas.


Nota:

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