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Release that Witch – Capítulo 686

O Legado das Divindades

O homem que parecia Eliton sorriu:

— Monstro? Esse corpo não foi criado por vocês? Vocês fizeram esse tipo de guerreiro extraordinário com o sangue das bruxas e Pedras da Retaliação Divina, mas infelizmente, a maioria de seus Guerreiros da Punição Divina são defeituosos. Eles não têm almas. É engraçado vocês acreditarem que esses produtos semiacabados podem lutar contra os demônios no campo de batalha. E é mais engraçado ainda que quando um verdadeiro produto finalizado aparece diante de vocês, vocês o chamam de monstro.

— Um verdadeiro… produto finalizado? — O coração de Tayfun começou a acelerar, já que parecia que esse homem sabia mais do processo de criação dos Guerreiros da Punição Divina do que ele mesmo.

— Ataquem! Matem todos! — O Guarda Pretoriano ordenou.

Os dez Guerreiros da Punição Divina, que o seguiam, avançaram em direção aos invasores.

Contudo, esses invasores também eram Guerreiros da Punição Divina, e eram até mesmo mais fortes.

O número deles era menor que o da Igreja, mas eram muito mais habilidosos. Eles atraíam os Guerreiros da Punição Divina para perto e logo depois os atacavam com tudo. Cada vez que um guerreiro da Igreja se envolvia numa luta, seria atacado pelas costas por um dos inimigos. Sob tais circunstâncias, até mesmo Tayfun soube que seria melhor recuar. Contudo, os guerreiros da Igreja não saberiam como reagir a não ser que o Condutor deles, o Guarda Pretoriano, desse as ordens. Por estar controlando dez guerreiros ao mesmo tempo, o guarda não conseguia prestar atenção em cada detalhe da luta, então os guerreiros da Igreja claramente estavam em desvantagem, já que os invasores lutavam de forma independente.

Os guerreiros extraordinários da Igreja logo perderam a capacidade de combate quando foram separados.

Os invasores rapidamente os mataram sem nenhuma baixa.

O líder dos invasores, “Eliton”, facilmente matou o Guarda Pretoriano no fim da luta com um golpe de espada. Após isso, ele levantou a espada e a apontou para o pescoço do Arcebispo, que já estava petrificado, em choque.

O sangue azul-escuro dos Guerreiros da Punição Divina e o sangue vermelho do Guarda Pretoriano misturavam-se na lâmina da espada e pingavam na roupa de Tayfun.

Tayfun disse com uma voz trêmula:

— Você… não pode me matar. Se eu morrer, a Cidade Sagrada entrará em colapso… Quando isso acontecer, quem parará as bestas demoníacas? Se as bestas romperem a linha defensiva de Hermes, receio que os Quatro Reinos irão…

O líder dos invasores interrompeu:

— Irão ruir? Poupe-me. Você pode enganar os fiéis com essa história, mas nós sabemos muito bem o que essas bestas procuram. Afinal, por que essas bestas estúpidas viriam aos montes para esta armadilha de gelo e neve durante os Meses dos Demônios, que é a época onde o poder mágico está no pico?

— O quê… Eu não sei do que você está falando…

O líder dos invasores, que parecia Eliton, deu de ombros e disse:

— O quê? Parece que você nem mesmo sabe sobre a Relíquia. Que pena.

O arcebispo estava prestes a dizer algo, mas de repente sentiu um frio em sua garganta. Rapidamente, sua mente foi tomada pelo choque e, logo em seguida, pela escuridão.

Elena chutou a cabeça do homem para longe e viu o corpo dele cair lentamente no chão. Ela embainhou a espada, satisfeita, e disse:

— Vamos. É hora de concluir nossa tarefa.

Alguém a puxou de volta e disse:

— Espere, você está ferida. Estanque o sangramento primeiro, ou seu corpo começará a perder o controle.

— Onde está o ferimento?

— Na sua cintura. Você vai ter que tirar a armadura primeiro.

Elena xingou:

— Essa merda de corpo. Não conseguimos sentir nenhum tipo de dor. — Ela tirou parte de sua armadura, revelando um peitoral masculino cheio de músculos.

— Noooossa, olha só pra esse corpão. Um homem como esse custaria pelo menos umas cinquenta moedas de ouro em Taquila. Você nunca se olhou no espelho e pensou…

A que estava tratando o ferimento de Elena a interrompeu:

— Ah, para com isso, Betty. Essas suas fantasias são torturantes. Eu não gosto nem de lembrar dos velhos tempos em Taquila. Minha vida era ótima no passado, mas agora parece que eu vivo dentro de uma gaiola.

Alguém imediatamente concordou com ela e disse:

— Carol está certa. Se alguém pudesse me fazer ter a sensação de como é dormir com um homem novamente, eu faria de tudo para me casar com ele… Não, eu até trataria ele como meu lorde.

— Um homem? Vocês já estão pedindo demais. Eu já estaria satisfeita se só pudesse sentir o gosto de uma carne frita na manteiga novamente.

— Eu só queria sentir o calor do sol…

— Droga! Quem iniciou esse maldito assunto novamente?

— A Senhorita Betty.

— Eu só queria conversar um pouquinho. Afinal, esse seu corpo deveria ser…

Elena ficou irritada e gritou:

— Pare! Não se esqueçam do propósito de nossa missão! As outras ainda estão esperando por nós no topo da torre! Se concentrem!

Após ter sua ferida tratada por Carol, Elena guiou a equipe até o túnel secreto.

Após atravessarem o túnel, elas chegaram na biblioteca. Um outro grupo de bruxas, que se pareciam com Guerreiros da Punição Divina, já estava lá esperando.

Essas bruxas eram nada mais nada menos que as integrantes remanescentes da Aliança.

Elena suspirou por dentro. — Lady Natália, você vê? Nós vencemos no final.

Ela perguntou:

— Descobriram onde está a Relíquia?

Zoe, a líder da outra equipe, aproximou-se e disse:

— Está no mesmo lugar de sempre. Tudo foi organizado da mesma forma que era na Cidade Sagrada de Taquila. A propósito, por que você demorou tanto lá embaixo? Você tem certeza que não deixou ninguém escapar?

Elena tossiu duas vezes e disse:

— Claro, tudo correu como planejado, então… pelo que combinamos…

— Nós tocaremos na Relíquia juntas.

Ela assentiu com a cabeça e disse:

— Certo. Vamos lá.

Essa Relíquia, o legado das divindades, era a origem da Batalha da Vontade Divina e o maior segredo da Aliança. Na verdade, antes da queda do Império das Bruxas, nenhuma das bruxas sabia disso, com exceção das Três Líderes. Quando a velha ordem se desintegrou e as bruxas se esconderam no subterrâneo, as Três Líderes decidiram contar tudo sobre a Relíquia para todas as sobreviventes.

A partir daquele momento, elas haviam se tornado iguais e formado um grupo sem hierarquia que buscava uma forma de derrotar os demônios.

Sabendo que ela estava prestes a tocar num objeto criado pelas divindades, Elena sentiu seu coração disparar.

No entanto, ela sabia que isso era apenas uma ilusão, já que ela não conseguia sentir nada neste corpo.

Seguindo Zoe, ela entrou num alçapão que havia atrás da estante de livros e subiu até o topo da biblioteca.

Lá em cima, havia uma sala apertada sem janela. Não havia nada nessa sala a não ser uma Pedra Mágica com brilho azul fraco embutida no teto.

— Essa é a Sala de Oração mencionada por Pasha?

— Sim. — Zoe levantou o martelo de ferro e bateu na parede. Com um barulho abafado, o martelo deixou apenas uma marca branca no local.

— Não parece estar aqui. — Ela disse e, logo em seguida, escolheu outro local para martelar. Após várias tentativas, uma área específica da parede rachou.

— Encontrei! Venha cá me ajudar. — Zoe disse.

Elena puxou sua longa espada e se aproximou. Elas bateram juntas na parede, abrindo um buraco que tinha metade da altura delas.

Olhando para as arestas do buraco, elas notaram que a parede era bastante grossa. Ou seja, elas nunca teriam encontrado este local se tivessem decidido usar o método de bater na parede para ouvir o som[1]. Dentro do buraco, havia uma salinha menor ainda.

Nesta salinha, Eleva viu a Relíquia das divindades.


[1] – Eu já fiz isso. É um método onde você bate na parede com a mão e ouve o som que faz. Se fizer um barulho seco, quer dizer que ali passa um pilar. Se o barulho não for seco, quer dizer que é uma parede normal.


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