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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 5 – Capítulo 76

Os Frutos da Batalha por Pristella 3

O Arcebispo do Pecado da Ira. Um monstro enfaixado que alegava ser a esposa do louco, a Preguiça.

Sirius Romaneé-Conti tinha todo seu corpo amarrado por correntes que eram sua própria arma, e ela estava presa em uma sala do abrigo sem ser capaz de se mover.

Sirius: “Eu estava entediada porque ninguém veio, eles nem se aproximavam. Porém, eles foram chamar você, meu querido. Obrigada, desculpe-me? Graças a todos, parece que nós podemos ter uma reunião feliz… apesar de parecer haver alguns estorvos também.”

Ao ver Subaru entrar na sala, a voz de Sirius exclamou em saudação. Entretanto, a parte final de suas palavras estava preenchida com uma raiva intensa direcionada a Emilia e Beatrice.

Subaru: “— — — —”

Como sempre, parecia que Sirius estava confundindo Subaru com um corpo que estava possuído por Petelgeuse, ou algo do gênero. Claro que era só o que ela queria acreditar.

Embora perplexo pelo olhar poderoso do monstro que irradiava de loucura, o qual demonstrava que ela claramente tinha perdido sua sanidade, Subaru deu de ombros para se mascarar e disse:

Subaru: “Você está bem serena pra alguém que foi capturada. Eu não sei se a Priscilla pensou em tentar te capturar em meio a algum capricho dela, mas nós definitivamente não vamos deixar você se safar.”

Sirius: “Mesmo se você disser isso, eles não podem se livrar de mim tão facilmente também, certo? Obrigada. Eu sei que você se importa com o meu bem-estar. Porém, desculpe-me? Você se deu o trabalho de se preocupar, mas isso não faz nenhum sentido para mim. É assim, não é?”

Com este pensamento peculiar, Sirius interpretou a ameaça de Subaru como positiva. O monstro manteve sua postura silenciosa na cadeira, e somente deixou sua voz maluca tremer:

Sirius: “Enquanto houver ‘Amor’ para pensar nos outros e os querer nos corações de todos, ninguém pode me rejeitar. É o mesmo até para aquela garota orgulhosa.”

Subaru: “… Sua autoridade não deveria funcionar na Priscilla e na Liliana. Não é como se não houvesse ninguém capaz de te machucar.”

Sirius: “Mas esse não é você. O que quer que não venha de você mesmo, não importa o que seja, no final não faz sentido para mim. Obrigada, desculpe-me?”

Subaru: “— — tch.”

Ele cerrou seus dentes para Sirius, a qual relaxou seus lábios enfaixados com um sorriso. Parecia como se a conversa havia sido estabelecida, mas, na realidade, não houve entendimento mútuo entre eles.

Os valores resolutos em Sirius não aceitavam nem ao menos um estímulo externo. Quanto mais o atingia, mais Subaru se feria.

Beatrice: “Subaru, é inútil, de fato. É sem sentido esperar emoções humanas como introspecção ou empatia vindas de tais seres, eu suponho. Estes tipos de existência não são nada além de malignos, na verdade.”

Sirius: “… Espírito na forma de uma garota, não chegue perto do meu precioso Petelgeuse.”

Quando Beatrice puxou a manga de Subaru, o qual estava cerrando seus dentes, Sirius de maneira direta começou a tomar uma atitude temperamental. Beatrice bufou com seu pequeno nariz às palavras daquele monstro e puxou o braço de Subaru para ainda mais perto de si.

Beatrice: “Isso é ruim demais para você, eu imagino. Mas a Betty pertence ao Subaru, e como eu era necessária aqui, então cá estou, eu suponho. Não chame o Subaru por esse nome repugnante, na verdade. Você nem ao menos sabe o verdadeiro significado que esse nome carrega.”

Sirius: “Não se deixe levar, pirralhinha. O lado dessa pessoa é o lugar em que eu me aconchego no coração e na carne. Não se atreva a apontar sua devoção arbitrária e enganada para essa pessoa. Eu vou queimar sua bunda, vou queimar o interior da sua barriga até cinzas, e transformá-las em fertilizante para o Od Laguna.”

Emilia: “Vocês duas, não se exaltem e comecem a brigar. Vão me deixar irritada também.”

Quando a atmosfera turbulenta foi criada por Sirius e Beatrice, o olhar interferente de Emilia se tornou afiado. Ele estava em uma situação em que estava cercado por três mulheres e sendo puxado por seu braço, mas Subaru não tinha a liberdade para fazer piadas sobre isso neste momento.

Tal era a forte sensação de opressão que sentia em sua alma por estar próximo de Sirius. Ele não tinha certeza se era causado pela autoridade que aquele monstro possuía.

Subaru: “Emilia, Beatrice, afastem-se. Talvez ela só vai falar comigo. Embora, independente se houvesse alguém aqui ou não… É duvidoso se isso vai acontecer.”

Emilia: “Mas…”

Subaru: “Por favor — esta é uma chance inesperada de falar com o Culto da Bruxa.”

Se não fosse por esta situação, ele não teria a oportunidade de se sentar e conversar com o Culto da Bruxa.

Emilia deu um suspiro em resposta ao pedido de Subaru, e ela e Beatrice trocaram olhares uma com a outra; elas deram um passo para trás com intuito de não interferir na conversa dele com Sirius.

Então, Subaru, aquele a que foi confiada esta situação, virou seu rosto para enfrentar o monstro mais uma vez.

Subaru: “Como você desejar, eu vou falar com você. Então, você tem feito as suas correntes rangerem há algum tempo já, pare de se mexer. Se você se libertar das amarras, nós seremos forçados a acabar contigo.”

Sirius: “Você também tem a sua opinião. Eu entendo isso. Tudo bem. Estas correntes não vão se soltar ou quebrar tão facilmente. Obrigada.”

A refém Sirius estava encantada com a atitude de Subaru, o qual tentou conversar com ela.

Não significava que as figuras de Emilia e Beatrice estavam fora de vista, mas parecia como se ela as tivesse expulsado de sua atenção.

Sirius: “Então, sobre o que nós deveríamos falar? Devido a sua relação comigo, não há quase nada a dizer entre nós… Nós podemos simplesmente trocar ‘Amor’, não concorda? Só estou brincando, desculpe-me?”

Subaru: “Seu propósito… Isso, seu propósito. O motivo pelo qual todos vocês Arcebispos do Pecado atacaram a cidade ao mesmo tempo. Vocês não precisam de porcarias como o livro ou o espírito artificial. Pelo menos, nós sabemos bem que os objetivos de vocês não eram realmente os roubar.”

Sirius: “É um mal-entendido que nós não tínhamos essa intenção. Contudo, com certeza é verdade que eu pessoalmente não os queria. Eu não sei sobre os outros, mas eu estava apenas seguindo a descrição do Evangelho.”

Subaru: “O Evangelho… Isso de novo? Foi o mesmo com o Petelgeuse. Por que todos vocês seguem aquele livro estranho? Petelgeuse o seguia também.”

E como resultado, ele perdeu sua vida.

A descrição do Evangelho mostrava o caminho para o futuro que o dono devia seguir — mesmo sabendo tais circunstâncias, ele não era onipotente, isso era muito óbvio se ele pensasse acerca dos últimos momentos do lunático.

Subaru sabia que o caminho para o futuro que podia ser visto não era absoluto.

Ainda assim…

Subaru: “Por que o Culto da Bruxa segue exatamente o que o livro diz? É porque aquele livro vai ajudar com a ressureição da Bruxa… da sua amada Bruxa da Inveja?”

Sirius: “—— Por favor, não entenda errado, querido.”

Subaru: “Entender errado?”

As emoções de felicidade de Sirius subitamente desapareceram de sua fala quando ela ouviu a voz acusativa de Subaru.

Enquanto o monstro olhava com seu olhar cintilante nos olhos de Subaru, em seu rosto que estava coberto por bandagens, ela torceu seus lábios de modo a mostrar seus dentes amarelados.

Em seguida, ela disse:

Sirius: “Você é o único que eu amo. O único. Eu não ligo para a Bruxa. Tudo são somente coisas necessárias para chegar a você.”

Subaru: “— — — —”

Sirius: “Os outros Arcebispos do Pecado são iguais. Todos eles têm inúteis, insignificantes e repulsivos desejos, e simplesmente se agarram às autoridades. Para mim, o meu único motivo é ‘amor’, e para o meu amado querido, é diferente. Desculpe-me? É diferente em todas as formas.”

—— O propósito do Culto da Bruxa era a ressureição da Bruxa da Inveja.

Subaru acreditou sem nenhuma dúvida de que esse era o propósito, considerando o comportamento e as falas de Petelgeuse Romaneé-Conti e, além disso, o credo e os atos de barbaridade que ele escutou sobre o Culto da Bruxa até o momento.

No entanto, esse princípio… a verdadeira razão para a existência do grupo conhecido como Culto da Bruxa foi abalada aqui.

Claro que Subaru também conheceu Regulus Corneas, bem como eles trocaram palavras.

Assim que ele pensou se aquele homem egocêntrico e convencido, que olhava de cima para tudo que não fosse a si mesmo, idolatraria a Bruxa, o senso de incongruência tornou-se mais forte.

Agora que ele pensou nisso, era óbvio. Quanto mais ele pensava sobre, mais ele conseguiria chegar a uma conclusão melhor. Porém, se era assim, então que propósito possuía o Culto da Bruxa para existir?

Subaru: “Então, por que diabos vocês estão no Culto da Bruxa…”

Sirius: “Porque você está nele.”

Subaru: “— — — —”

Sirius: “Esse é o meu único motivo. Eu estou aqui para trocar o meu ‘amor’ com você. Eu não sei em relação aos outros. Se nós nos tornássemos um, eu acredito que você entenderia.”

Tornar-se um, em resumo, provavelmente significava unificar corações um com o outro usando o poder da autoridade dela.

Mas isso não era entendimento, era conformidade forçada. Não era possível atrair um coração o forçando contra sua vontade, ligando-o as mesmas emoções como um meio para entender um ao outro, quanto mais se tornar um só.

Subaru: “Quais são os propósitos dos Arcebispos do Pecado? Qual é o objetivo final do Culto da Bruxa?”

Sirius: “Bem, quem sabe? Desculpe-me. Lamentavelmente, é algo que não me interessa.”

Subaru: “Em geral, onde o Culto da Bruxa se encontra? Há alguém que lidere ele?”

Sirius: “Não. Especialmente com uma rotina tão estabelecida. Você sabe também.”

Enquanto continuava com um sorriso louco por debaixo de suas bandagens, Sirius evitou a pergunta de Subaru. Não, ela possivelmente nem tinha a intenção.

O monstro iria de forma sincera responder como um monstro às perguntas de seu marido, as questões de “Petelgeuse”. Devido ao seu comportamento até agora, não havia dúvidas que Sirius tinha uma devoção atroz para com Petelgeuse, para além de sua dependência.

Em outras palavras, como o monstro afirmou, ela realmente não sabia de nada.

Sirius: “—— Ainda assim, no fim das contas, é assim?”

Subaru: “——?”

Sirius resmungou enquanto olhava de baixo para o pensativo Subaru.

Subaru reagiu um pouco tarde à frieza dessas palavras. O monstro tomou proveito da lacuna momentânea que veio disso.

A pequena cadeira rangeu enquanto se inclinava, e o rosto de Sirius aproximou-se da face de Subaru. Seus globos oculares vermelhos de sangue encararam Subaru, que segurou sua respiração em reflexo, de perto.

Sirius inclinou sua cadeira, ainda amarrada até os tornozelos, e balançou-se usando somente seus dedos dos pés, que mal estavam livres. Seu corpo caiu para frente com uma aplicação de impulso para inclinar-se contra Subaru.

Subaru: “… Oh.”

Sirius: “Eu pensei que algo estava estranho desde quando nos encontramos lá na torre do relógio, mas tinha tanta certeza. A paixão daquele dia não se encontra em nenhum lugar dos seus olhos… Meu querido, você está sendo engolido?”

Subaru: “— — — —”

Sirius: “Você está sendo devorado por uma alma, por um corpo que deveria ser uma moradia temporária, e acabou que você não consegue se mexer… Realmente, você é tão inútil sem mim.”

A língua comprida de Sirius suspeitosamente lambeu a bochecha de Subaru enquanto ele suspirava um ar febril. Sentindo a áspera ponta da língua dela em sua pele, cada pelo que se encontrava no corpo de Subaru se arrepiou.

Uma crescente sensação de desconforto irrompeu em seu peito, e a parte de trás de seus olhos ficou tingida de vermelho escuro. Era loucura pensar que este fenômeno foi causado simplesmente da ação vil dela.

Era loucura pensar, mas ele não sentiu como se pudesse considerar outra coisa. E em seguida…

Emilia: “ICE BRAND ARTS.”

Sirius: “Gh—— fhhh.”

O golpe de um martelo de gelo investiu diagonalmente e acertou o corpo de Sirius, a qual estava segurando-se em Subaru, e a lançou para a parede junto com sua cadeira.

O som de um impacto emergiu, e Sirius, que recebeu este golpe de gelo indefesa para proteger-se, caiu. A poeira explodiu pelo quarto estreito, e pedaços do teto vieram a bater no chão.

Subaru: “Oh, oh…?”

De pé ao lado de Subaru, que acabou caindo de joelhos, Emilia desmaterializou o martelo de gelo que havia criado. Subaru, que foi lento para perceber que havia sido Emilia quem soltou esse golpe sem nenhum aviso prévio, soltou um longo suspiro.

Ele realmente não conseguia compreender o que tinha acontecido naquele momento.

Beatrice: “Subaru é um idiota e tanto, eu suponho.”

Subaru: “— — tch. Beako?”

No meio do impacto e do som seco, Subaru piscou, notando que sua bochecha foi esbofeteada. Aquela quem atingiu sua bochecha foi Beatrice, que se acomodou ao seu lado. Ela olhou para Emilia do canto de seus olhos e disse:

Beatrice: “Se a Emilia não tivesse interrompido isso agora, a Betty faria o mesmo, na realidade. Você foi muito descuidado perto de alguém assim, eu suponho. Na pior das hipóteses, ela teria rasgado sua garganta com os dentes dela, na verdade.”

Subaru: “— — — —”

Subaru tomou consciência de seu próprio descuido graças às palavras de Beatrice. Não era um exagero ou algo que ele poderia rir. Na verdade, Sirius lambeu a bochecha de Subaru com a língua.

Colocando de um lado a repulsa dessa ação, se aquela língua fosse um canino e se em vez da bochecha, fosse seu pescoço, Subaru não teria sido capaz de pará-la.

Emilia: “Não tente nada estranho. Eu estou um pouco descuidada, então eu não consigo me segurar muito bem. O próximo com certeza vai ser o um golpe realmeeeeente doloroso.”

Emilia declarou que ela não tinha intenção de pegar leve, enquanto mantinha sua guarda contra Sirius colapsada.

Sirius estava completamente amarrada, tanto que não era capaz de se mexer… As precauções excessivas que eles acabaram tomando contra o oponente que era mantida como um prisioneiro neste estado era a prova da maneira de ser do monstro demoníaco.

Pareceu como se ele tivesse esquecido sobre isso diante da ameaça da autoridade dela mesmo que, no entanto, este Arcebispo do Pecado da Ira tinha destacado-se do resto, mesmo olhando para seu poder de combate sozinha. À primeira vista, daria para pensar que o mais forte do Culto da Bruxa era Regulus, o “invencível”, mas, na realidade, desde que a Ganância dependia totalmente de sua autoridade, seu perigo era baixo.

Um poder que não dependia de uma autoridade, juntamente com a ameaça de uma autoridade — neste sentido, os outros Arcebispos do Pecado eram mais fortes que Regulus.

Beatrice: “Subaru, você já deveria saber disso, eu imagino. Você não chegará a lugar algum, mesmo se você falar com esta pessoa, na verdade. Ela não do tipo com quem você pode ter uma conversa apropriada. Eu não sei o que ela sabe, mas mesmo se deseja tirar algo dela, você não vai ser capaz de ter uma conversa sã para descobrir o que ela sabe, eu suponho.”

Subaru: “Se é impossível conversar com ela…”

Beatrice: “Faça as perguntas ao corpo dela, o que quero dizer é tortura, na verdade. Embora não seja algo que o Subaru deva fazer, eu suponho. É algo que o reino faz às vezes depois de capturar alguém, na realidade.”

Beatrice puxou o braço de Subaru para que ele se levantasse enquanto ela expressava esse ponto de vista cruel.

Tortura, Subaru sentiu um sentimento indescritível de ansiedade em relação a essa palavra. Junto de morte brutalidade, elas não eram palavras que ele escutava ou falava em seu dia a dia.

Embora ele não conhecesse a realidade disso, com quantidades de tais coisas medonhas sendo praticadas, se estivessem ao alcance da imaginação, ele compreendeu-as. Acompanhado com a agonia das pessoas que eram expostas a isso.

Subaru: “Eu não acho que é o que eles merecem.”

A mentalidade de Subaru não era ingênua para acreditar que a natureza humana era fundamentalmente boa.

Ele não pensava que tudo tinha que acabar com a Morte quando se tratava de resolver uma batalha; o pensamento de finalizar as coisas sem assassinar tanto quanto o possível sempre esteve em sua natureza. Esse era um valor moral que ele trouxe de seu mundo original, e isso em si era uma ingenuidade que Subaru não conseguia desconectar-se.

—— Ainda assim, sempre houve uma conclusão que ultrapassou os limites dessas morais.

Ele teria preferido terminar as coisas sem matar se pudesse. No fim das contas, esse pensamento significava que ele teria que matar seus inimigos que necessitassem de tal.

Isso se aplicava para ambos os Arcebispos do Pecado, Petelgeuse e Regulus. E isso não seria diferente quando se tratava dos outros Arcebispos do Pecado — Sirius, Capella e Alphard, a Gula, também.

Ele sentiu ódio, e uma ânsia de vingança. Mas ainda em uma parte diferente, havia uma intenção que determinou que eles eram pessoas as quais ele teria que matar.

Subaru: “Eu vou me desculpar por falar mais com você. Quando nos separarmos aqui, eu provavelmente não vou ter outra chance de falar contigo. Eu não acho que isso seja uma pena, nem compaixão. Porém, apresse-se e desembuche o que tem pra dizer, e depois você pode descansar em paz… Isso seria útil.”

Dizer a alguém para morrer logo em sua frente o deixou com uma dificuldade em respirar.

Subaru simplesmente o disse e fez um movimento para deixar a sala desde que não havia mais nada a ser feito. Como Beatrice mencionou, se eles quisessem tentar obter informações acerca do Culto do Bruxa vindas de Sirius, eles não tinham outro meio senão perguntar a seu corpo para conseguir mais. Essa era uma outra tarefa, uma que Subaru não poderia realizar.

Quando Subaru demonstrou sua intenção de partir, os rostos de Emilia e Beatrice se desfizeram para alívio. Ambas foram contra entrar na sala desde o começo. Foi uma situação lamentável em que eles acabarem colocando-se em um mau clima sem ganhar resultado algum. Entretanto, pensando nisso de forma positiva, tornou-se claro para eles que a forma como o Culto da Bruxa pensava era incompressível; pareceu que eles deveriam ficar contentes com isso.

Subaru: “— — — —”

Não havia como saber o que teria acontecido se ele chegasse perto.

Subaru e os outros chegaram à entrada sem se darem o trabalho de levantar Sirius, a qual se deitou de pernas para o ar graças ao golpe de Emilia. Definitivamente não era uma atitude louvável, mas, com isso…

Sirius: “— — — —”

Subaru: “… Espera.”

Subaru parou seus passos devido a uma sensação desagradável que chiou contra seu crânio bem antes de alcançarem a entrada. Depois, ele olhou para Sirius, a qual estava deitada no chão. A fonte desse desagrado veio de lá, da caída Sirius.

O monstro estava deitado de lado, cruamente respirando com seu nariz enquanto pressionava seu rosto contra o chão gelado. Sua respiração era tão terrivelmente perfurante que atraiu a atenção dele para ela.

—— Antes de deixar a sala, ele percebeu que ela estava cantarolando.

Subaru: “Pare com essa música, o que você está tentando fazer.”

Sirius: “— — — —”

Ela estava desafinada, seu tom e ritmo estavam em um estado de caos. Esta dissonância não parou por ali. Não era nada mais além de uma declaração da intenção de Sirius em relação às palavras de Subaru.

Por outra, uma recusa, uma rejeição.

Subaru: “Eu te falei para parar! Esta música está chiando na minha cabeça!”

Sirius: “… Desculpe-me? Ah, mas músicas são certamente ótimas, não são? Elas me ensinam que canções são maravilhosas. É por isso que eu quis tentar e cantar de repente.”

Subaru: “Liliana…”

Sirius devia ter escutado a música quando ela se deparou contra Priscilla e Liliana. Ele não tinha ideia de como a música dela selou a autoridade de Sirius durante a luta.

Em meio a batalha, o monstro não odiou a canção, e aprendeu algo disso. Não obstante, o entendimento do monstro sobre a música definitivamente tinha traços diferentes dos sentimentos que Liliana desejou para a melodia.

O dela era algo mais sinistro, e distorcido.

Subaru: “Não compare a música dela com a sua. A sua é diferente, é outra coisa.”

Sirius: “—— Eu poderia dizer o mesmo sobre você. Você é diferente. Você mudou. Você é definitivamente diferente da pessoa que eu amo. Mesmo que você seja o mesmo, você é diferente.”

Subaru: “Huh?”

Sirius: “O Petelgeuse está dentro de você. Alma com alma irão se encontrar, carne e carne irão se tornar um só e assim, aquela amada pessoa irá emergir, embora isso tome algum tempo. O que eu devo fazer é ajudar isso. Ver aquela pessoa acordar, ao seu lado.”

Ainda desabada no chão, Sirius torceu seu pescoço e olhou para Subaru.

Um espiral interminável de emoções surgiu em seus olhos enlouquecidos. Raiva, felicidade, melancolia e um anseio que ela não podia esconder, todos eles continuaram a girar nos olhos de Sirius.

Sirius: “Eu trarei essa pessoa para fora de você… Obrigada, desculpe-me? Por favor, até esse dia chegar, cuide de sua mente e seu corpo.”

Subaru: “――tch

Sirius certamente entendeu que Subaru e Petelgeuse eram coisas diferentes.

Ela devia ter compreendido isso, mas o monstro ainda se escondia sob uma fantasia conveniente, ou seja, sobrescrevendo-o. Petelgeuse, que dormia dentro de Subaru, algum dia sairia para encontrá-lo, ela havia dito.

Tal coisa não existe. Isso seria impossível.

Era provavelmente verdade que o Fator da Bruxa de Petelgeuse que ele absorveu estava dentro de si. No entanto, não há um jeito de salvaguardar o espírito de Petelgeuse. De onde este monstro encontrou estas similaridades entre Petelgeuse e e ele para repetir tamanho disparate?

… Ou era porque Subaru e aquele lunático tinham algumas partes semelhantes quando vistos do lado de fora?

Sirius: “Uma última coisa, eu vou te dar alguns conselhos para que você não acabe fazendo algo desnecessário.”

Subaru: “…… Conselhos? Seus, para mim?”

Sirius: “Sim, para que eu não perca o meu amado… Tenha cuidado perto da Gula. Comilança Bizarra, Gourmet e Saciedade vão tentar te capturar. Se isso acontecer antes de ele acordar, ninguém será capaz de se lembrar do meu querido.”

Subaru: “— — — —”

De onde ele menos esperava, a Ira mencionou a Gula e deu-lhe informações sobre eles. Apesar disso, o conteúdo em si não era algo incomum, eram apenas informações que ele já sabia, mas… Não.

Subaru: “Espera. Gourmet, e quem mais?”

Sirius: “Gourmet, Comilança Bizarra e Saciedade. Ser devorado e tomado sem ninguém perceber o que foi perdido é um ato de barbaridade contra o “Amor”, o qual deve derreter, misturar-se e se tornar um só. Se você tiver a chance, por favor, elimine a Gula. Uma vez que eles são um estorvo.”

Ela revelou isso sobre os Arcebispos do Pecado que estavam na mesma posição que ela, e mais, ela indiferentemente desejou pelas mortes deles. Era ótimo que neste caso havia uma discrepância fatal nas relações entre a alta patente do Culto da Bruxa.

O problema era o que Sirius havia dito sobre a Gula… Não, sobre as Gulas.

Subaru: “Eu pensei completamente que a Gula que o Otto topou era a Gula que estava no controle da torre, desde que eles estavam vagando como a Luxúria, mas…”

E se a Gula no encargo da torre de controle continuou a proteger seu posto.

Subaru: “— — Tch. Merda, eu preciso ter certeza…!”

Subaru apertou sua cabeça em desânimo devido a sua própria estupidez, chutou o chão e seguiu em direção à entrada. Agora não era a hora para continuar falando com Sirius.

Ele tinha que se certificar com seus próprios olhos da segurança de todos que participaram da batalha que visava proteger a cidade.

Ela tinha que possuir a certeza de que ninguém havia desaparecido por seus nomes serem devorados pela Gula.

Subaru: “EMILIA! BEATRICE! Vão direto pro abrigo que nós estávamos antes. Eu tenho que conferir algo.”

Emilia: “Subaru? Eu não sei o que deu em você, mas se acalme…”

Subaru: “QUANDO ISTO ACABAR! Eu vou me acalmar o quanto você quiser. Eu vou me acalmar, por isso me deixe, por favor, fazer o que é necessário pra me acalmar. É algo urgente.”

Subaru precipitadamente o respondeu a Emilia, a qual tocou o ombro dele. Emilia engoliu em seco ao ver o comportamento de Subaru, e depois acenou dizendo “Eu entendo”.

Beatrice, que desde o começo não teve intenção de interferir na conduta de Subaru, pareceu assustada. Subaru havia esquecido sobre Sirius, e apressadamente saltou para fora da sala.

Emilia: “Calma, Subaru. Eu vou também.”

E assim, Emilia se apressou depois de ele, e o caminhar dos dois se distanciou em uma rápida passada.

Enquanto os ouvia, Beatrice virou sua cabeça de volta quando estava na porta, e olhou para Sirius, que ainda estava com a cara no chão, e então apontou sua palma para o monstro.

Beatrice: “Para dizer a verdade, não é como se eu não pensasse que transformar você em pedacinhos aqui seria apropriado, eu suponho.”

Sirius: “… Então, por que você não faz isso? Espírito puta. Será mais que bem-vindo para mim se isso acelerar o despertar daquela pessoa.”

Beatrice: “— — — —”

Beatrice soltou um suspiro para a provocativa maneira de falar de Sirius, e em seguida abaixou sua palma. A garotinha segurou a bainha de seu vestido com a mão que havia abaixado, e seus olhos foram preenchidos com forte emoção…

Beatrice: “Se você fizer o Subaru ficar triste, a Betty definitivamente irá matar você, na verdade.”

Sirius: “Claro. A ressureição de meu amado Petelgeuse deve ser recebida por emoções de felicidade.”

Era incerto o quanto ela entendia, ou se ela havia acabado aqui ou não, mas apesar disso, a conversa debilitada acabava, e Beatrice deixou a sala, fechando a porta atrás de si.

Antes que Beatrice o fizesse, o cantarolar distorcido de Sirius enfiou-se nos seus tímpanos.

O tormento e a severidade do som que chiaram contra seu sentido de audição, com o ritmo distorcido que pisava sobre o conceito de música. Um completo novo tipo de música que plantava sentimentos desagradáveis em outrem… Era a Música do Ressentimento.

A porta foi fechada, e a Música do Ressentimento foi interrompida.

Porém, não importava onde ela estivesse, aquele ritmo distorcido permanecia em seus ouvidos. Beatrice perseguiu Subaru e Emilia a um ritmo adagio enquanto experimentava aquela sensação desagradável.


Após deixar a prisão de Sirius, Subaru precipitou-se perto de Al, que estava esperando no corredor. Al, que tinha estado em modo de espera, com sua Espada do Dragão Azul segurada em sua mão, foi pego de surpresa pela atitude ameaçadora de Subaru o qual tinha invadido seu caminho.

Al: “E aí, mano. Eu escutei um baralho super alto, você não a matou, né? Socar a chutar também conta como abuso de prisioneiro, logo elas não são coisas que se pode realmente aplaudir.”

Subaru: “Eu não a matei, mais tarde eu te dou uma explicação apropriada sobre o abuso de prisioneiro, mais importante, eu preciso checar algo. Al, ninguém morreu onde você estava, né?”

Al: “— —? Bom, se você ‘tá falando da cidade toda, eu não sei. Mas pelo menos, eu, a irmãzinha de orelhas de gato, o mano e a senhorita com o sotaque de Kararagi estamos bem. Eu pensei que você já soubesse?”

Subaru: “Eu sei, mas… Aah, que merda. Não vou chegar a lugar nenhum assim!”

Foi natural que tivesse sido uma resposta inconclusiva.

Seguindo com as preocupações de Subaru, se houve alguém que acabou sendo vítima da Gula, essa pessoa desapareceria da memória dos outros, como Rem. Nessa situação, perguntar “Tem alguém de que você não se lembra?” não fazia sentido.

A maneira mais fácil seria contar a Al e Emilia os nomes de todos, um por um.

Subaru: “— — tch

Isso era apavorante, era assustador.

Embora não fosse a hora para se acovardar, seria aterrorizante escutá-lo da boca de alguém. Seria muito mais reconfortante retornar ao abrigo e verificar a segurança de todos com seus próprios olhos.

Subaru: “Eu vou voltar para o abrigo. Por favor, não percam a atenção por qualquer motivo que seja enquanto o Reinhard não voltar.”

Al: “Beleza então, mas… Bem, não. Eu não vou perguntar os detalhes. Tenho calafrios.”

Balançando sua mão, Al não questionou a verdadeira intenção de Subaru por trás do comportamento que demonstrava. Subaru voltou pelo corredor enquanto evitava considerar, ou melhor, pensar desnecessariamente acerca das coisas problemáticas, e deixou o abrigo.

Olhando para Priscilla do conto de seus olhos, a qual parecia entediada como sempre, “Essa é a segunda”, ele contou.

Priscilla: “Hah. Plebeus certamente são de baixo calibre, portanto o porquê seus corações se perturbam por coisas tão triviais é uma grande questão. Se tu estás para lá e para cá, ao menos foque tua atenção tanto quanto possível como se estivesse a passear.”

Subaru: “O fato de você não ter mudado não me alivia nem um pouco. Até mais.”

Sem ter tempo para parar, Subaru rapidamente passou em frente de Priscilla. Foi uma maneira, ou melhor, um desrespeito que poderia ter arruinado o humor de Priscilla, porém ela não disse coisa alguma sobre isso e somente murmurou “Que maçante.” enquanto abanava sua pele.

Emilia: “E então, Subaru, o que você quer fazer? O que é que você quer confirmar?”

Retornando ao abrigo cheio de feridos, Emilia chamou Subaru, o qual estava incansavelmente olhando ao redor. Ao chamado dela, Subaru hesitou por um momento em pedir sua ajuda.

Ao pensar sobre o caso de Rem, Emilia não tinha nenhuma resistência em relação às refeições da Gula. Subaru não esqueceu o choque de quando ele descobriu sobre a perda do nome de Rem pela boca de Emilia.

Ele conformou-se a si mesmo da possibilidade dessa ferida se reabrir novamente, e ele tinha a coragem para explicar a situação para Emilia. Porque esta era uma lâmina inconsciente a qual Emilia não podia levar em conta.

Subaru: “— — — —”

Até agora, Subaru não tinha confirmado o nome de vários de seus companheiros os quais lutaram na defesa.

Beatrice e Anastasia primeiro. Em seguida Garfiel e Mimi foram adicionados, depois Wilhelm e Otto, Liliana e Kiritaka também.

A existência de Felt foi confirmada também pelas palavras de Otto. Segundo a história das garotas, Reinhard e Ferris também deveriam estar bem. E Priscilla e Al com quem ele tinha estado há pouco.

Em outras palavras, ainda não era possível checar a segurança de——

???: “… Subaru, parece que nos encontramos em segurança.”

Subaru: “Reinhard?”

Uma voz revigorante chamou por Subaru, cujos pensamentos estavam girando rapidamente, ao seu lado. Quando ele se virou, havia um jovem de cabelos vermelhos que tinha levantado seu braço recepcionando-o; era Reinhard.

Haviam somente se passado algumas horas desde que ele se encontrou em segurança com Reinhard, quem após a derrota de Regulus devia ter ido providenciar reforço às outras chapas. Todavia, agora que ele estava procurando por seus conhecidos, ele sentiu alívio ao ser capaz de ver o rosto dele.

Reinhard: “É um alívio ver que Emilia-sama e Beatrice-sama também se reuniram em segurança.”

Emilia: “Obrigada, Reinhard. Você devia estar correndo pela cidade, né? Graças a Deus você está bem. Sim, ainda bem.”

Reinhard: “Não, não foi nada demais. Além disso, mesmo sem mim, todos cumpriram com suas funções firmemente. Meu modesto poder foi apenas um pouco útil.”

Reinhard educadamente respondeu Emilia de volta, e depois olhou para Subaru. Reinhard estreitou seus olhos azuis-celestes, e como se estivesse vendo através do fundo do coração de Subaru, ele disse:

Reinhard: “Então, Subaru, algo aconteceu? No momento, você parece aflito.”

Subaru: “Agora eu quero me certificar se algo aconteceu… Reinhard, você se encontrou com a Felt? A Felt e os outros… Bem, Larkins e os outros, eu quero dizer.”

O trio Ton Chin Kan, agora que havia chegado a este ponto… eles também pertenciam à lista de companheiros. Ele escutou de Otto que Felt estava bem, também escutou que seus servos estavam da mesma forma, mas isso não significava que ele mencionou o nome dos três serviçais e os confirmou. Ele era incapaz de se sentir aliviado.

Para o desespero da pergunta de Subaru, Reinhard gentilmente colocou a mão no queixo e disse:

Reinhard: “Sim, eles estão bem. Felt-sama, esses três, Larkins, Gaston e Camberly estão todos sãos e salvos. Larkins e Gaston têm ferimentos, mas não são tão sérios o suficiente para se preocupar. Em relação a Felt-sama agir sozinha, eu acho que ela terá quer refletir sobre isso mais tarde, não acha?”

Subaru: “Parece que há uma grande chance do nosso Ministro de Assuntos Internos ter sido salvo graças à Felt, então não leve isso em consideração, eu suplico por uma punição tolerável… De qualquer forma, não havia mais nada de diferente?”

Reinhard: “Algo de diferente?”

Subaru: “Alguma outra coisa… Não, desculpa. Não seria uma pergunta realmente específica. Então éééé, depois que nos separamos, algo aconteceu? Algum problema, ou algo que te preocupou.”

Mesmo se pensasse sobre isso novamente, ele não possuía uma pergunta para fazer; Subaru sentiu-se desolado. No entanto, Reinhard não riu disso, em vez disso ele ponderou e balançou sua cabeça.

Reinhard: “Não, minhas desculpas, mas nada me vem à mente. Nada particularmente problemático aconteceu depois que eu deixei você e Emilia-sama. É o que acho.”

Subaru: “Entendi… Foi mal. Não era isso. Bem, é… Sim, tem um monte de coisas que eu gostaria de falar com você, então quando puder, você não pode se juntar com a Felt também? Eu gostaria de perguntar para as pessoas envolvidas o que aconteceu, e o que veio depois disso. Posso deixar isso contigo?”

Reinhard: “… Claro, já que é um pedido seu. Há pouco, eu pedi para que Felt-sama ficasse quieta e em espera no mesmo lugar mais uma vez, provavelmente vai soar sarcástico para ela, no entanto.”

Subaru: “… Puxa, isso é ruim. Mais tarde eu vou me desculpar também, então por enquanto, eu vou contar com você.”

Dando um sorriso amargo às palavras de Subaru, Reinhard olhou seus arredores um pouco e depois rapidamente deixou o lugar. Quando ele pulou para fora do abrigo, mal se podia ver sua figura a qual estava saltando sobre prédios em um pulo; ele em breve se reuniria com Felt, ao que parecia.

O problema era…

Emilia: “Subaru, o Ferris está aqui. Você quer ouvir a história dele, certo?”

Subaru: “Hmmm, ah. Sim, eu também queria falar com o Ferris.”

Chamado por Emilia, ele olhou para onde ela apontava. Lá, ele foi capaz de encontrar a figura de Ferris, o qual estava incansavelmente deixando seu olhar vagar para um canto do abrigo.

O usuário de artes de magia de cura com orelhas de gato estava cambaleando, e sua expressão parecia terrível. Muito provavelmente, foi o resultado de sua viagem de cura que tinha tido com Reinhard. Por usar livremente sua magia de cura, parecia que ele sofria de um fardo considerável. Ainda assim, ele estava andando pelos arredores procurando pelo próximo paciente sem descansar… Ou não parecia isso.

???: “… Ah!”

Ferris, que estava olhando ao redor, percebeu Subaru e Emilia e levantou sua voz. Ele apressou-se para perto deles e pegou Subaru pela nuca como se fosse colapsar.

Apoiando seu corpo para cima, Subaru chamou-o com um “Ei?”, e então…

Ferris: “Diga-me…”

Subaru: “Huh?”

Ferris: “O ARCEBISPO DO PECADO! ELE FOI PEGO, NÉ? EU VOU FAZÊ-LO BOTAR PARA FORA TUDO O QUE SABE, EU VOU DESCOBRIR COMO CURAR A CRUSCH-SAMA! POR ISSO, DIGA-ME ONDE ELE ESTÁ…!”

Subaru estava paralisado pelo olhar de Ferris que lhe olhava bem em frente aos seus olhos bem abertos. A fúria de Ferris era como um fogo atroz, ele estava apenas preocupado com o bem-estar de sua amada senhora. E se fosse para salvá-la, ele estava preparado para não exibir misericórdia alguma àqueles os quais sabiam como realizar esse feito.

Subaru: “Fe-Ferris, acalme-se. Eu entendo os seus sentimentos, mas o resultado não virá mesmo que você se apresse para conquistá-lo. Por enquanto, vamos conversar…”

Ferris: “NÃO DIGA O QUE É CONVENIENTE! VOCÊ ENTENDE OS MEUS SENTIMENTOS? NÃO TEM COMO VOCÊ ENTENDER COMO ELES SE PARECEM!? ENQUANTO VOCÊ FALA TÃO CALMAMENTE, SABE QUE A CRUSCH-SAMA ESTÁ SOFRENDO… SE VOCÊ TIVESSE ENTENDIDO, NÃO SERIA CAPAZ DE CONTINUAR CALMO! PARE DE SER TÃO IRRESPONSÁVEL!”

Subaru: “— — — —”

Sendo esmurrado no peito e com um dedo apontado a si, Subaru manteve a boca fechada.

Ser atacado por comentários irracionais — Subaru não conseguia responder a isso. A condição de Crusch não havia mudado, ela ainda estava infectada pelo sangue de Capella, a Luxúria. Mas mais que qualquer coisa, Subaru sentiu-se aliviado pelos comentários de Ferris há pouco, pois acabou percebendo que ele não havia esquecido de Crusch.

A corrosão preta também se instalou na perna direita de Subaru e na palma com que havia tocado Crusch.

Porém não havia jeito que isso traria alívio para o coração de Ferris.

Ferris: “Eu tenho que salvar a Crusch-sama. Eu posso e irei fazer tudo o que for necessário para isso. Se tiver que torturar o Arcebispo do Pecado, eu o farei. Eu sei como curar os outros. É por isso que, mesmo se eu os quebrar, eu posso curá-los. É por isso que…  é por isso que eu…”

???: “Ferris… Isso já é o suficiente.”

Subaru não pôde dizer nada a Ferris, que estava queimando-se em frustações. E em seguida, quem o chamou de suas costas para que parasse foi o velho espadachim, o qual não conseguiu suportar assistir à situação.

Wilhelm chamou o cavalheiro o qual servia a mesma mulher que ele com uma voz que estava desprovida de todas as emoções.

Wilhelm: “Eu compreendo por completo como você se sente. Porém, este comportamento não é nada além de um insulto à Crusch-sama, mais do que a qualquer outra pessoa. Primeiro se acalme. Aja depois de já ter se acalmado.”

Ferris: “Você está dizendo que entende como eu me sinto como forma de consolação…!”

Wilhelm: “… Eu entendo!”

Wilhelm forçadamente parou seus passos com um tom de voz baixo quando Ferris tentou exaltar-se sobre ele. E depois, Wilhelm olhou para a jaqueta que possuía cinzas embrulhadas dentro, as quais ele abraçou contra seu peito.

Ferris imediatamente mordeu seus lábios, seu rosto imediatamente estava a adivinhar quem adormecia lá.

Ferris: “Não é… não é justo. Não é justo, nãoéjustonãoéjustonãoéjusto. Vô Wil…!”

Wilhelm: “Eu sei. É baixo da minha parte me impor sobre a sua generosidade e bondade. Forçar isso sobre você, a pessoa que mais se opõe à dor dos outros. Você deveria culpar este velho.”

Ferris: “Uuuu-uuua… hic…”

Ferris conteve suas lágrimas e manteve sua cabeça baixa. Wilhelm acolheu a cabeça dele e acenou para Subaru.

Parecia que queria dizer que ele assumiria o controle. Ferris também teria que encarar a reunião mais tarde no lugar de Crusch novamente quando se acalmasse.

Seria necessário discutir o que deveria ser feito acerca de Sirius quando chegasse a hora. Porém por enquanto, o que eles deveriam fazer era trocar palavras para que pudessem saber a situação um do outro.

Os olhos serenos de Wilhelm comunicaram-no a Subaru. Havia uma lamentação nisso — Subaru fez reverência com sua cabeça e deixou o local.

Subaru: “Wilhelm-san deve estar querendo chorar também.”

Por que tudo deu errado?

Não havia um jeito de alcançar felicidade para todos, companheiros ou estranhos. Quanto Subaru teve que lutar, esforçar-se e tentar de alguma forma escolher a melhor opção para que chegasse nesse resultado… Era algo que ele não sabia.

Ele recentemente havia confirmado a segurança de Reinhard e Felt, e de Ferris e Crusch também. Aqueles que estavam faltando eram Julius e Ricardo, os quais foram recuperar a torre de controle da Gula. Além deles, o servo de Priscilla, Schult, e apesar de uma pessoa desagradável, Heinkel.

Por falar nisso, o irmão mais novo de Julius, Joshua, desde que o problema começou, ele sempre esteve…

Subaru: “… Ah?”

Logo quando estava pensando nisso, Subaru viu a sombra de alguém assistindo ao abrigo de fora.

Ele vestia roupa branca bem ajustada e possuía uma espada esbelta presa em sua cintura. Um belo, e de perfil alto, junto com seu lustroso cabelo roxo que era quase espalhafatoso… Não havia como o confundir.

Era Julius. Neste momento, o rapaz de que ele queria verificar a segurança estava aqui.

Subaru: “Ei, Juli—”

Julius: “— — — —”

Ele rapidamente ergueu sua mão e elevou sua voz na tentativa de cumprimentar Julius, que deixou metade de seu corpo passar. Porém, quando Julius percebeu que os olhos de Subaru estavam olhando-o, ele rapidamente se virou e saiu. Ele tentou sair do abrigo em um ritmo rápido.

Subaru: “Ah?”

Confrontado com o comportamento inesperado de Julius, Subaru deixou escapar uma voz atordoada.

Essa reação foi completamente inesperada. Suas opiniões haviam sido divididas a respeito se Julius teria obedientemente respondido a sua voz, mas ainda assim, ele nunca teria imaginado esta reação.

Não era uma resposta obediente ou sarcasmo, ele simplesmente o ignorou.

Subaru: “Esse bastardo ‘tá tirando uma comigo?”

Tendo jorrado toda a irritação que borbulhava dentro de si até agora, Subaru o perseguiu.

Não era como se ele estivesse preocupado, mas ele estava indo atrás dele para confirmar sua segurança, ele não deveria ter tido tal atitude.

Que ele estava fazendo? Ele tinha que o pegar e descobrir. Era necessário mencionar que esta não era a hora para caçoar.

Emilia: “Ei, Subaru? O que está acontecendo?”

Subaru: “Aquele pretensioso bastardo do Julius estava ali e acabou de me ignorar. Eu vou ir até ele!”

Emilia: “Eh?”

Abandonando a voz de surpresa de Emilia, Subaru correu e perseguiu Julius. Depois de ele ter deixado a entrada do abrigo, viu as costas daquele que estava prestes a desaparecer além da rua. Aqueles claramente era movimentos para evitar o olhar do público. Entretanto, se ele não estivesse correndo, seria fácil alcançá-lo.

Subaru: “Se você está bem, apresse-se e diga logo que está legal…”

Como se ele estivesse condenado, Subaru correu até a esquina da rua. Com um andando depressa e outro correndo, a distância inevitavelmente diminuiu. Assim que virou a esquina, ele foi capaz de ver as costas dele, e Subaru elevou sua voz.

Subaru: “Ei, seu desgraçado! Por que caralhos você está correndo por aí quando todo mundo está tão ocupado? Se você não mostrar a sua cara, vai causar preocupações. Não, é um consenso geral.”

Julius: “— — — —”

Ao ouvir a voz violenta de Subaru, Julius parou. Julius somente virou seu rosto e com seus olhos amarelos calmamente encarou Subaru.

Julius: “… Minhas desculpas. Eu estava procurando por uma pessoa, mas ao que parece essa pessoa não estava lá dentro. Eu gostaria de me dirigir a outro abrigo. Se você me der licença.”

Subaru: “Espera, espera, espera, espera, o que você está falando? Quem você está procurando tem que ser a Anastasia-san, né? Se é, eu estava no abrigo. Você não percebeu isso porque é impaciente. Não se parece com você.”

Julius: “… tch.”

Ele falou pelas costas dele enquanto ele tentava sair depois de ter deixado apenas palavras de cortesia. Então, Julius demonstrou uma reação dramática às palavras de Subaru.

Ele fez seus ombros rodarem e se virou com um rosto surpreso.

Subaru: “Eh, eh, eh? O que foi?”

Subaru reflexivamente reagiu com uma voz aguda. Parecia óbvio o motivo…

A expressão de Julius, quando ele se virou, estava tingida com um espanto que ele nunca havia visto antes. Não, perplexidade não era apenas a única coisa em sua expressão. Havia ali um brilho como se ele estivesse agarrando-se em algo.

De frente com essa emoção que não combinava com Julius nem um pouco, Subaru não sabia como responder. Enquanto via Subaru desse jeito, Julius engoliu em seco com uma expressão de angústia…

Julius: “… Subaru, você está se referindo a mim?”

Subaru: “Que tipo de pergunta é essa? Você não tem a personalidade modesta o suficiente para se esquecer de si mesmo em algumas horas. O Cavaleiro Irretocável, Julius Juukulius-san, que bobagem de você…”

Dando de ombros, Subaru respondeu como se estivesse fazendo graça de Julius. E no meio dessa troca, ele parou de andar e percebeu sua própria estupidez.

Beatrice: “Subaru! Não saia correndo por conta própria!”

Subaru, cuja garganta havia congelado, e Julius em frente a ele.

Emilia e Beatrice vieram perseguindo-o e se juntaram à cena dos dois encarando um ao outro na rua. Quando elas viram os dois olhando um para o outro em silêncio, seus olhos cintilaram…

Emilia: “Bem… Você está no meio de algo, certo?”

Quando percebeu a estranha atmosfera e tensão, Emilia ansiosamente inclinou sua cabeça.

Subaru sentiu um péssimo pressentimento a sua reação, especialmente de seu olhar o qual estava encarando Julius.

Desta forma, Subaru apontou para Julius:

Subaru: “… Sim, é isso mesmo, não é dessa forma. Emilia-tan. Você também, Beako. Bom…”

Emilia e Beatrice: “— —?”

Emilia e Beatrice levantaram pontos questionáveis em relação às desajeitadas palavras de Subaru.

Ele tinha que fazer algo, provavelmente uma pergunta definitiva. Subaru engoliu em seco sua saliva e deu um olhar em Julius.

Antes do encarar de Subaru, Julius preparou a si mesmo e ergueu uma expressão vazia…

Subaru: “Eu encontrei o Julius. Então, eu posso levá-lo para a reunião, né?”

Beatrice: “… Julius.”

À pergunta, Beatrice fitou Julius.

Em seguida, Emilia duvidosamente falou em com uma baixa:

Emilia: “Julius-san é um conhecido do Subaru?”

E, como que para repetir o pesadelo de antes, ela disse-o.

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