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Sword Pilgrim – Capítulo 77

Capítulo 77

— Não dê ouvidos a esse homem, irmã!

— O-oi!?

Maria ficou atordoada.

— Só preste atenção em mim. Vou te mostrar uma coisa interessante.

— Uh, o que você…

— Espere.

— Maldição!

Whiiiiiish, thud thud thud!

— Kyaaaaaaa!

Abraçando a peregrina Maria, Callius girou no ar, seus pés pegando impulso na parede e catapultando os dois até o telhado.

Sons de passos~

— Uau, isso foi surpreendente…

— Callius!!! Devolva ela!

Mas ele ainda estava sendo perseguido.

Callius estava olhando para baixo, pensando em como estavam grudadas nele como uma sanguessuga, e viu Bruns acenando de onde foi enterrado dentro da parede desmoronada.

‘Maluco!’

Não tinha noção de que situação estavam?

Foi o que Callius pensou, mas logo percebeu que Bruns estava segurando Vivi ao seu lado.

Ou seja, não precisava se preocupar com Vivi.

— Acho… que ele serve para alguma coisa.

Então o que faço agora?

Matar todas era uma proposta um pouco complicada.

Eram todas mulheres que diziam que gostavam dele, então matá-las seria um pouco estranho, certo?

— Ei, o que vai fazer agora?

Maria perguntou cautelosamente.

Como ainda estava nos braços dele, seu rosto ficou vermelho como uma beterraba, e ela tremia tanto que dava para ouvir o palpitar frenético do coração dela.

— O que quer fazer?

— Fu-fugir. Muitas das irmãs estão se reunindo com a notícia da sua chegada, Mestre Callius. Mais paladinas virão.

— Que fofa.

— O-oi!? Ahaha

Maria, cujo rosto já corava tanto que parecia que poderia explodir a qualquer momento, ficou tão atordoada com o elogio súbito que desmaiou.

Até mesmo o próprio Callius ficou surpreso por um instante com as palavras que escaparam da boca dele.

Mas logo recuperou a compostura.

Isso foi provavelmente por causa das características.

No Norte, a característica de ovelha negra o incomodou de vez em quando, mas parecia agora que o culpado foi a de filho pródigo.

— Não levei em consideração as características nos meus planos.

Ao se tornar um inquisidor de hereges, não considerou suas próprias características pecaminosas. Foi um desastre.

Stab!

— Callius, seu desgraçado!

Era a mesma paladina educada de antes.

Assim que conseguiu subir no telhado, correu para ele e brandiu a espada.

Claaang–!

Callius se esquivou, ainda abraçando Maria, e o golpe destruiu o telhado.

— O que você fez com a Maria!

— Não fiz nada.

Só a chamei de fofa.

— Não minta para mim! Então por que ela desmaiou assim?

— Foi mal.

No entanto, era improvável que ela acreditasse na história dele, então novamente empunhou a espada da Maria.

Não uma Espada da Vida, só uma Carcaça simples.

A lâmina azul-clara era a prova disso.

Uma espada longa sem características especiais.

No entanto, a paladina o enfrentando estava usando uma espada grande com alcance muito mais longo. Tinha a forma de um sabre, com a lâmina um pouco curvada para cima.

— Callius. Parece que você realmente colocou as mãos em uma relíquia. Você está se movendo completamente diferente em comparação com três anos atrás.

Já havia um boato desses por aí?

Entretanto, isso não importava.

Os rumores não duram mais do que alguns dias.

— Vejo que você está realmente interessada em mim. Devia ter tentado confessar com todo o seu coração. Mas eu não teria aceitado de qualquer jeito.

Craaack~

— Cale a boca!!! É uma pena que não pude te matar há três anos. Mas sua esgrima fraca não pode me tocar, mesmo que tenha recebido o poder de uma relíquia!

— Você tem um tipo diferente de charme do que a Maria. Veio para o meu quarto também?

Bobagem involuntária continuava saindo da boca dele.

A paladina, envergonhada, quebrou o telhado novamente e correu para perto.

— Morra!!!

Uma explosão momentânea de poder.

A pureza do poder espiritual dela não era ruim, e sua empunhadura era pura.

Não era ruim, só que…

Craaaack~

Não era algo que funcionaria contra o Callius.

A espada dela, quando colidiu com a do Callius, de repente girou em um círculo, com a ponta da lâmina se movendo de cima para baixo.

A paladina se assustou e recuou.

— …!

Seus olhos se arregalaram como se o que tinha visto não fazia sentido.

— Tenho certeza que acertei alguma coisa…

— Então você ouviu alguma coisa, não?

Na verdade, houve realmente um som.

Foi difícil de ouvir.

Callius não usou sua força ou poder divino para se aparar.

Ele tinha acabado de drenar o poder da oponente com um empurrão suave.

Enfrentando o senhor da guerra orc, sem uma única gota de força restante, Callius conseguiu aparar o machado do inimigo.

Só foi possível por causa da Composição do Versículo da Morte, mas queria tornar essa habilidade sua.

‘Ainda não.’

Não foi assim que aparou naquela hora.

Ao lutar contra o senhor da guerra…

Com um corpo que realmente não tinha força, ele resistiu aos golpes poderosos do machado do general inimigo.

A sensação que sentiu naquela vez…

Queria recuperar, mas parecia que ainda era inviável.

Não foi muito satisfatório.

— O que você fez!

— Nada.

Sensações diferentes de antes estavam invadindo seu corpo e controlando sua cabeça.

Muitas informações transbordaram como uma onda no momento em que suas espadas se encontraram.

A disposição da paladina, por exemplo.

Sua esgrima e seus hábitos enquanto empunhava a espada.

Podia adivinhar há quantos anos ela estava praticando um certo movimento.

Na verdade, conseguia dizer imediatamente.

Era uma sensação estranha, mas foi por isso que perdeu o entusiasmo.

O nível da paladina era menor do que o primeiro orc guerreiro que enfrentou no Norte.

Foi só o esperado.

Em termos de jogo, Carpe era uma área de baixo nível.

— Precisa de ajuda?

Era uma voz familiar.

— Helena. Você não foi embora ainda?

— Não, eu estava cuidado de um negócio e ouvi a comoção, então vim ver do que se tratava a briga. E então? Quer que eu ajude, como há três anos? Desta vez será uma venda especial, apenas mil moedas de ouro pela minha ajuda! De qualquer forma, tem muito dinheiro agora, certo?

— Não é necessário.

Callius não estava preocupado ao ponto de precisar de ajuda.

Só ficou irritado.

— Paladina Helena!! Faz ideia como foi difícil para mim, por eu não ter conseguido matá-lo da última vez? Por sua causa!

— Você não está com muita sede de sangue? E todo mundo tem suas próprias circunstâncias. Sacou? Então vou dar uma oferta! Não vou ajudar ele se você me dar mil moedas de ouro. Que tal?

Mil moedas de ouro.

Como uma paladina poderia gastar uma quantia tão grande de dinheiro num piscar de olhos?

— Não tenho dinheiro suficiente agora…

— Que pena. Se for agora, posso reduzir para oitocentos.

A paladina, preocupada, finalmente jogou uma bolsa que tirou das mangas.

— Só tenho isso!

Swish~

Helena pegou o saco de moedas de ouro no ar e, mostrando a língua, adivinhou pelo peso.

— Ei, só cem?

— Eu termino em dez minutos!

— Ah, então eu só tenho que esperar por dez minutos? Fechado, então.

Porém…

— Callius não está mais aqui?

De repente, Callius desapareceu.

— Merda!!!

A paladina xingou e olhou de volta para Helena.

Só que ela também tinha sumido.

Ainda por cima, com todas as moedas de ouro dela.

Chuá, chuá~

Sons de passos~

Tirando a poeira dos ombros, Callius saiu do beco, vestiu um robe com capuz e entrou na multidão.

— É uma boa se livrar dos rancores antigos, mas agora o feiticeiro vem primeiro.

Aproximando-se da área de fronteira com a floresta nos arredores de Karradi…

O cheiro de todos os tipos de poções atingiu suas narinas.

Esta era a área onde todos os alquimistas em Karradi se reuniam.

Callius precisava encontrar um alquimista aqui. Um que mais tarde se tornaria um pilar do Reino de Carpe e criaria todos os tipos de artefatos sagrados e poderosos.

— Beatrice.

Ela certamente seria capaz de resolver o problema dele.

— Eh, não é a senhorita Esther!

— É uma honra!

Os soldados, que protegiam a capital, ficaram encantados.

Não tinha ninguém em Carpe que não adorasse a espada. Todos cresceram, desde o nascimento, observando o brilho deslumbrante dos espadachins e ouvindo histórias sobre suas lutas com os desgraçados da lança.

Então, cavaleiros fortes…

Assim como os paladinos, desfrutavam de um certo nível de cortesia.

Não importa o quão ruim a reputação da Igreja fosse, todos eram iguais diante da espada.

Assim, não podiam esconder o respeito pela Esther, que era chamada de gênio do século.

— Fiquei tão impressionado ao ver você ganhar contra um paladino com uma espada espiritual, com apenas uma carcaça normal, no torneio real!

— Todos no reino estão ansiosos para ver o quão alto você vai subir, senhorita Esther…

— Sim.

Esther ficou muito desconfortável com o interesse deles, mas os soldados se agarravam a qualquer desculpa para prolongar um pouco a conversa.

— Então por que você está…

— Só estava passando por aqui e ouvi a comoção.

Uma dissonância de lâminas.

Enquanto passava pelas ruas, seu senso de aura captou as flutuações de energia e a levou a este lugar.

— O que aconteceu aqui?

— Uh, bem… Também acabamos de chegar, então ainda não sabemos exatamente o que está acontecendo.

Mas…

— Pelos vestígios, parece que houve uma batalha em pequena escala. Recebemos depoimentos de algumas pessoas que estavam de passagem.

Todos os soldados pareciam sombrios. Era comum que os peregrinos empunhassem suas espadas à vontade, ignorando as leis e a razão.

Esther leu essa expressão e chegou calmamente ao cerne da questão.

— Eles eram peregrinos?

— ? Ah, sim. Era um grupo de peregrinos. Não sabemos o que está acontecendo, mas parece que os dois lados saíram na porrada.

— Posso examinar?

— Ah, é claro. Por aqui…

Neste beco estreito, dez pessoas lutaram uma batalha em grupo?

Esther não acreditou nas palavras do soldado.

Um estava sozinho.’

Foi uma luta de muitos contra um.

Mais de dez pessoas atacaram uma pessoa.

Marcas de espadas selvagens foram deixadas nos edifícios e no chão.

Ela conseguiu imaginar a batalha na sua mente, quando olhou para as pegadas.

— Tinha dois.

— Oi? O que você…

Esther ignorou o soldado e caiu em pensamentos.

Havia dois no início.

Mas um tinha caído imediatamente.

Onde a parede desabou, nenhuma pegada foi deixada para trás.

E um, restante.

— Interessante. Que curioso.

— Com o que está curiosa?

Foi definitivamente uma batalha de muitos contra um.

Mais de dez peregrinos atacaram uma pessoa, mas, estranhamente, ele quase não deixou marcas de espada ou pegadas para trás.

Era como se estivessem lutando contra um fantasma.

‘Claro, não ficou completamente sem traços.’

A partir de um ponto, dois passos se sobrepuseram e lutaram enquanto estavam juntos.

Capturar o inimigo e brincar com ele enquanto luta. Ninguém poderia fazer isso a menos que fosse um verdadeiro especialista.

— E…

‘Ali.

Ele pisou na parede e subiu.

Subiu até o telhado, que tinha aproximadamente a altura de um prédio de cinco andares, em três saltos.

Nem Esther conseguia fazer isso facilmente.

Ele tinha grande habilidade física.

Até o ponto em que poderia até carregar outra pessoa com ele.

— Quem é?

Os peregrinos lutaram com ele, então…

Um cavaleiro imperial escondido em Karradi?

Existia essa possibilidade.

Ele nem sacou a arma.

Whiiiiish, thud, thud, thud!

— Oh! Eh, senhorita Esther!

Deixando os soldados para trás, Esther pisou na parede como o cavaleiro misterioso e subiu no telhado da mesma forma.

— Já foi.

Não havia mais pegadas.

Os peregrinos eram mais fortes que os humanos normais.

Mas, naturalmente, se usassem esse poder sobre-humano para o movimento, deixariam marcas no terreno.

Mas esse senso comum foi derrubado aqui.

Ele devia ter lutado contra outra pessoa aqui, mas nenhum vestígio dele podia ser encontrado.

Mesmo depois do golpe final. Mesmo que o último ataque poderoso do paladino tivesse marcado o lugar tão terrivelmente, não havia vestígios dos ataques ou movimentos do inimigo em nenhum lugar.

Interessante.

Tinha um cavaleiro forte que podia fazer coisas que ela não podia.

Para Esther, que só tinha treinado com a espada, pessoas fortes eram as únicas existências interessantes e divertidas do mundo.

— Uhhhm, uhhh…

Quando estava sorrindo com interesse…

Uma voz fofa veio de algum lugar.

Quando Esther olhou para baixo, ela viu uma garota subindo do buraco no telhado, com cuidado para não desmoronar.

— Finalmente!

— Quem é você?

— Eeeek!

Clang! Clang clang!!

— Droga!

Talvez suas mãos tivessem enfraquecido com o susto, porque ela caiu direto no buraco novamente.

— Ugg! Aah! Quase morri…

— Você está bem?

— O-oi!? Uh, Esther?

—Você… Peregrina Maria?

— V-você sabe quem eu sou?

— Não estávamos na mesma turma?

— I-isso mesmo! Eu só não esperava que você se lembrasse… ah, obrigada.

Maria inclinou a cabeça, depois que a Esther a puxou para o telhado.

— Mas por que você está aqui?

— Ah, eu deixei algo…

Ela olhou em volta, como se tivesse acabado de se lembrar, e parecia perplexa.

Parecia a mesma de quando as duas eram freiras, há alguns anos.

Poucas pessoas não gostavam da Maria por causa do coração gentil e da consideração profunda pelos outros.

No entanto, Esther não estava com disposição para apreciar a afeição dela agora.

— Você viu uma espada aqui por acaso?

Espada. Havia apenas uma razão pela qual veio encontrar uma espada aqui.

— Foi você quem lutou aqui?

— Oi? Oh… foi uma briga, mas também meio que não? É um pouco confuso.

— O que quer dizer com isso?

— Ah, bem é que…

Esther franziu as sobrancelhas.

Porque a atitude da Maria era muito estranha. Seu rosto ficou vermelho, seus dedos se mexiam e ela estava arrastando os pés no lugar.

‘Ela parece uma minhoca fofa.’

Parecia estar muito tímida sobre alguma coisa, mas só por um momento.

Estava começando a ficar inquieta.

— Esther, você não viu mesmo uma espada? É muito preciosa para mim! Estou perdida sem ela!


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