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The Beginning After The End – História Secundária – Capítulo 9

Risco Necessário

LILIA HELSTEA

Onde eles estão? Perguntei a mim pela decima vez.

Eu estava nas sombras do lado de fora da Casa de Leilões Helstea, observando as ruas com certa impaciência. Eu estava errada em confiar neles para fazerem isso para mim? De repente, meu plano parecia desnecessariamente arriscado.

Tudo isso teria sido muito mais fácil se seus pais estivessem dispostos a concordar com isso.

Ouvi passos leves e corridos descendo a estrada e me aconcheguei mais profundamente nas sombras. Duas crianças, ambas loiras e mais ou menos da mesma altura, apareceram e soltei um suspiro de alívio.

Então mais três crianças apareceram atrás delas.

Inclinei-me para a rua e acenei para elas. Os gêmeos loiros, um menino e uma menina, sussurraram algo para os outros e as cinco crianças correram rapidamente em minha direção.

Eu tinha deixado a porta aberta e estava acenando para elas quando as vi na rua. Dando uma última averiguada, fechei a porta e me virei para encarar meu último grupo de refugiados.

Os gêmeos explodiram em euforia antes que eu pudesse perguntar.

“Senhorita Helstea, sentimos muito—”

“—amigos estavam sendo tratados como escravos na academia—”

“—preocupado que eles não ficariam bem sem nós—”

“—os pais têm se levantado contra—”

Eu levantei minhas mãos em um gesto de rendição. “Tá bom, tá bom, já entendi!”

Os três recém-chegados eram todos um pouco mais novos que os gêmeos, o mais velho aparentava ter dez anos, enquanto o mais novo tinha apenas seis ou sete, no máximo. “Como vocês se chamam?”

A mais nova, uma garotinha de cabelos e olhos escuros, se escondeu atrás do irmão mais velho. Foi o filho do meio que falou. “Eu sou Miah. O nome da minha irmãzinha é Mara e esse é o Holden.”

Abaixei-me para ficar cara a cara com Mara. “E de que casa você é, Mara?” Ela se virou e escondeu o rosto nas costas de Holden.

“Somos membros da Casa Havenhurst,” Miah, uma versão mais alta de sua irmãzinha, disse hesitantemente.

Respirando fundo para acalmar meus nervos, voltei-me para os gêmeos.

Clara e Cleo Ravenpoor chamaram minha atenção quase inteiramente por acaso. Seus pais foram rápidos o suficiente para apoiar os Alacryanos depois que Xyrus foi tomada, e assim, os gêmeos evitaram o pior que os testadores tinham a oferecer na Academia Xyrus. Isso não era surpresa, considerando que seu irmão mais velho, Charles, participou do ataque à academia no meu segundo ano.

O que me surpreendeu foi encontrar os dois garotos de doze anos parados em frente aos portões que levam à Academia Xyrus e estarem discutindo sobre como fugir.

Depois de repreendê-los por terem conversado sobre isso abertamente, onde qualquer um pudesse ouvir, acompanhei os gêmeos até a aula e me despedi deles, mas suas palavras permaneceram comigo pelo resto daquele dia e nos dias seguintes.

Depois disso, inventei motivos para passar um tempo e conversar com eles na Academia. Em poucos dias, consegui criar alguma afinidade com eles, que era algo incentivado pelos testadores, pois ajudava a doutrinar os alunos mais novos.

Dizem que o desespero gera confiança, acho que isso levou os gêmeos a finalmente me falarem que odiavam o que estavam sendo comandados a fazer na Academia. Queriam fugir e ir para longe, mas tinham medo.

E assim eu retribuí a confiança deles com a minha, e disse a eles que eu poderia ajudar. Não dei muitos detalhes, apenas disse que iria achar um lugar para nos encontrarmos de forma segura e levar eles para longe daqui.

Acho que eu deveria ter sido um pouco mais específica, especialmente sobre não trazer mais ninguém, mas era tarde demais para isso.

Clara torcia as mãos enquanto esperava eu dizer algo. “Eles estavam sendo torturados…” ela finalmente disse.

Dei um leve aperto no ombro da pequena garota. “Eu entendo. Eu só fiz os preparativos para vocês dois, mas… tenho certeza que posso dar um jeito de levar vocês também, ok? Por enquanto, precisamos—”

Três batidas fortes, na mesma porta lateral pela qual entramos, fizeram todos nós seis pularmos.

Prendendo minha respiração, eu olhei para a porta. Depois de alguns segundos, quem quer que fosse bateu novamente com mais força.

Acenei para chamar a atenção das crianças e levei um dedo aos lábios, depois os guiei rapidamente pelo armazém até um enorme monte de caixotes na frente de uma exibição rolante de artefatos mágicos. Quando o rack foi movido, revelou um pequeno espaço vazio dentro, completo com um piso grosso de cobertores e travesseiros, um artefato de iluminação simples, algumas histórias de aventura e alguns lanches.

Seria apertado com todos os cinco lá dentro, mas não pude evitar.

As crianças de olhos arregalados entraram no esconderijo e se sentaram nos cobertores, uma grudada na outra.

“Não façam barulho algum”, eu ordenei antes de colocar a tela de volta no lugar. “E mantenham essa luz apagada!”

Bang. Bang. Bang. Bang bang.

Examinei a alcova escondida para ter certeza de que havia colocado a tela corretamente, então, no último segundo, lembrei-me de travar os dois conjuntos de rodas. Quando me senti segura que as crianças estavam devidamente escondidas, corri pelo armazém até a porta. Antes de abrir, levei um segundo para desarrumar meu cabelo e esfregar os olhos com força, adotando uma expressão meio turva, do tipo eu-acabei-de-acordar.

Bang.

Bang.

Bang.

Na terceira batida, abri a porta para um soldado com o uniforme de um mago de batalha alacryano.

O homem tinha olhos castanhos lamacentos que olhavam para mim junto de seu nariz atarracado. Ele não parecia muito satisfeito. “Demorou bastante,” ele rosnou. “Dormindo no trabalho, não é?”

Corri meus dedos pelo meu cabelo e tentei parecer assustada – o que não era muito difícil naquelas circunstâncias.

“Eu não imagino que o dono desta casa de leilões esteja dormindo agora, ou será que está?” Ele me observou atentamente enquanto eu balançava a cabeça. “Já ouvi falar desse Victor Helstea. Estou surpreso que ele não consiga encontrar um melhor patrocínio, considerando as concessões que recebeu.”

Não ousei informar a este alacryano que o nome de meu pai era Vincent Helstea, ou que normalmente haveria um par de guardas noturnos vigiando a Casa de Leilões de Helstea para proteger os artefatos. Meu pai havia “acidentalmente” deixado uma vaga na agenda, o que era mais fácil do que explicar a seus guardas o porquê eu passaria a noite lá com um par de filhos nobres fugitivos.

“Quem é voc—”

“Eu sou Sanborn Troel, e eu vou precisar que você se afaste para que eu possa dar uma olhada nesse lugar.”

“Com qual intuito você irá vasculhar esse recinto?” Eu perguntei, mantendo minha voz firme apesar do meu coração acelerado.

Os olhos dele se estreitaram. “Eu não preciso me explicar para você, escória dicatheana. Basta dizer que sou um sentinela portando um emblema a serviço do Grande Vritra e, como tal, tenho toda a autoridade de que preciso para movê-la à força, se necessário.”

Engoli em seco, mas mantive meu queixo erguido e não quebrei o contato visual com o homem. “E eu sou Lilia Helstea, filha de Vincent Helstea, dono deste estabelecimento. Minha família recebeu autorização para continuar a operação desta casa de leilões – atendendo principalmente aos alacryanos que agora residem nesta cidade, devo acrescentar – bem como expandir nossa rede comercial.

“Fizemos tudo o que nos foi pedido por sua liderança, então talvez você não devesse falar tão ousadamente sobre a escória dicatheana.”

Minha mandíbula e postura estavam firmes, e meu olhar não fraquejou em momento algum. Por dentro, porém, parecia que minhas entranhas se transformaram em enguias e meu sangue em água gelada.

Talvez uma súplica recatada seria algo mais sábio de se fazer, mas pelo que eu tinha visto, esses alacryanos governavam como ditadores, e minha esperança era que defender a mim e minha família desviaria a atenção do homem de qualquer negócio que ele tivesse aqui.

Sanborn Troel se inclinou para frente, sorrindo. “Mesmo o mais humilde plebeu de Alacrya é melhor que você, escória dicatheana. Fale comigo assim de novo e terei as licenças de seu sangue revogadas e cada um todos vocês serão expulsos da periferia da cidade. Fui claro?”

Minha fachada orgulhosa rachou e senti o sangue escorrer do meu rosto. Olhando para seus pés, eu balancei a cabeça.

“Agora. Saia da minha frente.”

Hesitei apenas um instante antes de me mover para o lado, permitindo que o alacryano entrasse no armazém. Ele olhou ao redor, então começou a andar pelos corredores, seu olhar afiado investigando cada canto e fenda.

“Você viu algo incomum esta noite?”

“Não”, eu disse, um pouco rápido demais. “Como você disse, eu estava dormindo antes mesmo de você chegar.”

Ele ouviu o que eu disse e zombou. “Então é possível que alguém possa ter entrado neste prédio sem você estar ciente?”

Eu empalideci, grata por ele não estar olhando na minha direção. “A-As portas estavam trancadas, então a menos que você esteja procurando por um mago poderoso, alguém que possa contornar as barreiras, e-eu não acho que seria possível para alguém ter entrado, não.”

Ele continuou andando, falando sem olhar para mim, sua cabeça sempre se movendo enquanto examinava o armazém. “Algumas crianças dicatheanas estão desaparecidas. O sangue deles, que tem sido muito útil em nosso esforço para colonizar esta cidade, acreditam que eles foram manipulados para fugir. Alguns guardas que estavam patrulhando viram um grupo de cinco crianças saindo depois do toque de recolher, a menos de cinco minutos daqui.”

Eu me reorganizei para parecer a mais curiosa possível, apenas no caso de ele olhar para mim em busca de ver minha reação. “Por que os alacryanos se importariam com algumas crianças desaparecidas? Conheço muitos dicatheanos que desapareceram desde que vocês chegaram. Você gostaria de uma lista de nomes?”

Sanborn Troel levantou a tampa de um barril, liberando o cheiro forte de óleo de lamparina. “Eu não me importo, e nem meus superiores. Mas se houver rebeldes dicatheanos operando em Xyrus…” Ele fechou o barril e continuou se movendo.

“Bem, posso garantir que um grupo de crianças fugitivas não poderia ter invadido a casa de leilões…”

“Não,” ele disse futilmente. “Eu não acho que eles poderiam ter entrado aqui.”

Apesar de sua declaração, o alacryano manteve seu percurso no armazém. Notei que estávamos indo diretamente para onde as crianças estavam escondidas. Os artefatos mágicos esconderão suas assinaturas de mana. Nós planejamos isso, assegurei a mim mesma. De alguma forma, o pensamento não me fez sentir melhor.

Sanborn Troel parou bem na frente da estante que exibia a variedade de artefatos mágicos menores. A maioria deles não valia muito, mas meu olhar se deteve em um artefato redondo e metálico do tamanho de uma maçã.

“Que pena ver tais itens guardados por um humilde comerciante dicatheano.”

“Nossos compradores são principalmente alacryanos”, eu disse, minha voz apertada com nervosismo, apesar de meus melhores esforços para manter a calma. Se as crianças fizessem o menor barulho…

Ele puxou uma adaga fina da prateleira e deslizou-o de sua bainha. A lâmina cintilou opacamente na luz. “Talvez uma coisinha para o meu problema…” ele disse, aparentemente para si mesmo.

“Claro, tenho certeza que meu pai não se importaria”, eu respondi, curvando-me ligeiramente. A adaga era apenas um artefato de baixo custo, a lâmina nunca ficaria cega ou enferrujada. Se isso o fizesse parar de bisbilhotar e ir embora, valeria a pena o investimento.

Ele me ignorou enquanto prendia a bainha escura em seu cinto. De repente, uma onda de mana empurrou para fora dele, formigando enquanto passava por cada centímetro do meu corpo.

Antes que eu soubesse o que estava acontecendo, o alacryano atarracado agarrou a borda da tela rolante e puxou, fazendo-a tombar e cair no chão.

Eu pulei para o lado, evitando ser atingida. O rack de exibição explodiu, espalhando artefatos pelo chão. A bola metálica ricocheteou, rolando sob uma pilha de prateleiras.

Através do barulho retumbante de madeira e metal batendo no chão de pedra, eu podia ouvir os gritos assustados das crianças.

O alacryano tinha uma expressão vitoriosa. “Menina idiota. Você realmente achou que poderia enganar um sentinela com emblema?”Ele enfiou a mão no cubículo escondido e agarrou Clara pelos cabelos com a mão livre.

A luz laranja encheu o espaço escuro, destacando cada uma das crianças enquanto as mãos de Cleo se envolviam em garras de fogo. Ele pulou no alacryano, mas foi recebido por uma bota pesada em seu peito, derrubando-o no chão e encharcando seu feitiço.

Miah, Mara e Holden estavam agachados na alcova escondida. Holden havia se movido na frente de suas irmãs para protegê-las, mas todos os três estavam presos.

Clara se contorceu no aperto de Sanborn Troel, suas mãos agarrando seu pulso. Fiquei surpreso ao ver as unhas dela cravando em sua carne, então lembrei que os feitiços dos alacryanos eram muito específicos, controlados por tatuagens rúnicas ao longo de suas costas, e ele provavelmente não tinha magia defensiva.

Eu conjurei um longo chicote de água, mas fiquei cautelosa por causa da adaga ainda na mão do alacryano. Antes que eu pudesse atacar, outra onda de mana explodiu dele, e um som agudo e doloroso perfurou minha mente.

Clara caiu em seu aperto, e os outros taparam os ouvidos com as mãos enquanto caíam em uma pilha, suas bocas abertas em gritos silenciosos de dor.

O chicote momentaneamente perdeu sua forma enquanto eu lutava para manter minha concentração no feitiço através do terrível som mental. Eu cerrei os dentes e me concentrei nos treinos que eles nos deram na academia. Eu pratiquei manter meus feitiços através de todos os tipos de distrações, embora nunca tenha visto nada parecido com o ataque mental de Sanborn Troel.

Embora meu chicote ainda estivesse oscilando, não totalmente sob meu controle, eu ataquei e peguei o alacryano na panturrilha. Ele se encolheu e puxou o corpo semiconsciente de Clara, segurando-a entre nós como um escudo, a ponta da adaga pressionada logo abaixo das costelas.

A pequena forma de Cleo apareceu da alcova escondida novamente quando ele se jogou em nosso atacante, mas o menino era muito pequeno para lutar fisicamente contra o alacryano. Sanborn Troel riu e deu um tapa na orelha de Cleo, derrubando-o no chão, mas isso me deu uma brecha.

Meu chicote de água chicoteou em seu braço, rasgando sua túnica e deixando um vergão vermelho em sua pele bronzeada. Clara caiu no chão em transe.

Não querendo dar tempo para ele se recuperar, eu desci o chicote em um arco cortante, forçando-o a se esquivar de Clara e Cleo, então cortei de lado, o chicote de água curvando-se graciosamente ao meu redor, mirando em seu pescoço.

O alacryano se abaixou sob o chicote e soltou uma explosão de ruído mental doloroso focado diretamente em mim. Embora eu soubesse o que esperar agora, condensei uma camada de amortecimento com mana ao meu redor para me defender, a dor foi muito mais intensa na segunda vez, me atingindo como um golpe físico.

Com minha mente na bola de metal escondida sob as prateleiras, girei e me deixei cair, esparramada na confusão de artefatos dispersos. Embora minha cabeça estivesse soando como um sino e meu coração martelando contra meu peito, eu tinha um plano.

Olhei para trás, deixando todo o medo real que eu sentia aparecer. Sanborn Troel, com sua adaga apontada para baixo, rosnou e deu um passo ameaçador em minha direção.

Deixei escapar um gemido lamentável e me arrastei para longe dele, avançando em direção às prateleiras. Ele me perseguiu como um caçador rastreando presas feridas, sem pressa e confiante demais.

O momento tinha que ser certo, muito cedo e eu poderia errar, tarde demais e eu descobriria o quão afiada a ponta da adaga mágica realmente era.

Sua sombra caiu sobre mim quando minha mão disparou em direção às prateleiras, alcançando a esfera metálica. Meus dedos a tocaram e ela rolou para longe. Cada batida do meu coração parecia um soco no meu peito enquanto eu me sentia freneticamente debaixo da prateleira.

Meu punho se fechou ao mesmo tempo que a mão forte de Sanborn Troel agarrou meu ombro, me virando de costas e mostrando a adaga na frente do meu rosto.

“Em nome do Vritra e do Alto Soberano, eu a sentencio à morte—”

Seus olhos se arregalaram de surpresa e confusão quando eu pressionei o artefato em seu peito e empurrei com toda minha força restante. Ele tentou se afastar, mas era tarde demais.

A armadilha de mana foi projetada para drenar instantaneamente toda a mana do núcleo do alvo, absorvendo-a no próprio artefato e deixando o mago afetado indefeso. Ao contrário de tudo o que estava na tela quebrada, a armadilha de mana era um artefato raro e caro, embora este tivesse sido projetado para parecer inócuo, imitando um artefato comum para treinar o núcleo de mana de um mago.

Meu pai o colocou aqui como uma precaução adicional, uma armadilha para qualquer um que não deveria estar bisbilhotando no armazém.

O núcleo de mana do Sanborn Troel foi drenado com um flash de luz. A adaga caiu no chão com um tinido enquanto ambas as mãos agarravam seu esterno.

Fiquei de pé enquanto o alacryano caía de joelhos na minha frente, sua respiração irregular e suor escorrendo pela testa. Nossos olhos se encontraram, os meus agora confiantes, os dele em pânico e desorientados.

Quando seu rosto se contorceu, eu levantei o artefato, agora brilhando levemente. “Você realmente achou que um mero sentinela poderia derrotar uma maga de batalha dicatheana treinada na Academia Xyrus?” Eu perguntei, jogando suas próprias palavras de volta para ele.

Um movimento atrás dele chamou minha atenção. Os gêmeos Ravenpoor estavam lutando para ajudar um ao outro a ficar de pé. “Fiquem onde estão,” eu ordenei.

Sanborn Troel olhou de mim para a adaga no chão, depois na direção da porta. Ele tentou se levantar, cambaleou e voltou a se apoiar em um joelho.

“V-você vai me matar?” ele ofegou, o custo físico de ter todo o seu núcleo instantaneamente esgotado, colocando-o em um estado de reação severa.

Eu franzi minha testa. Eu não queria matar ninguém, mas…

“O que você faria?” Eu perguntei.

Ele respirou fundo, como se estivesse lutando para continuar falando, então gritou a plenos pulmões, “Socorro! Guardas! Eu t—”

A mana de água se condensou ao redor dele em uma ampla esfera e seus gritos foram cortados, transformados em bolhas silenciosas de sua boca. Ele se mexia loucamente, nadando, mas indo a lugar nenhum, preso no centro da esfera.

Sem saber o que mais fazer, eu me virei, andando ao redor dele para onde as crianças estavam olhando com fascinação horrorizada. Puxei as cabeças de Clara e Cleo para o meu corpo, escondendo a visão de Sanborn Troel se afogando silenciosamente atrás de mim.


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Karthus
Membro
Karthus
7 meses atrás

Lembra aquela cena em que o general, sei lá das contas, morreu afogado pela bolha feita pelos dobradores de água no filme the last airbender

ShinigamiGOD🔥D
Membro
ShinigamiGOD🔥
8 meses atrás

Caralhoo, magia assustadora essa rs
Primeira morte que ela fez então…foda essa situação…mas ela tá se colocando em perigo…
e com isso os alecryanos vão ficar em alerta máximo eu acho…

Arthur LeywinD
Membro
Arthur Leywin
9 meses atrás

Método engraçado, depois atira-o para um lago/rio e finge que não sabe de nada, crime perfeito

Matheus
Visitante
Matheus
6 meses atrás
Resposta para  Arthur Leywin

Foda é como fazer alguém acreditar que um soldado treinado com mana e tudo se afogaria num rio

Nitilyng
Visitante
Nitilyng
5 meses atrás
Resposta para  Matheus

Tudo e possível cara em comparação teve um mano aí que destruí o núcleo e reconstruiu o núcleo com eter então tudo e possível kkkkkkkk

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