The Oracle Paths – Capítulo 66

Antes de sua vingança, Jake instruiu Kyle a ficar calmo enquanto ele estava removendo a bala de sua barriga e fazendo um curativo em seu ferimento. O Playboy, com o rosto pálido e pingando de suor, fez o melhor que pôde para suportar a cirurgia em silêncio, mas sem sucesso.

Lágrimas surgiram em seus olhos, apesar de sua própria promessa a si mesmo de ter um semblante firme e permanecer forte, a coisa toda intercalada com guinchos meio abafados. Jake não teve tempo de costurar suas feridas, e a bandagem teria que servir por enquanto.

No entanto, o Playboy usou bem seu oráculo quando foi baleado. Sua reação, por mais amadora que fosse, permitiu-lhe poupar seus órgãos vitais. Fingir um ferimento fatal no estômago, com a ajuda da escuridão que aumentava a confusão, salvou sua vida.

Quando o jovem recuperou o fôlego e um pouco de cor, eles partiram, Kyle seguiu Jake com cautela, segurando sua nova arma com as duas mãos. Ele sabia que ao primeiro tiro disparado, seriam vistos. Deixar a iniciativa para Jake ainda era o melhor plano.

Enquanto caminhavam para o acampamento dos criminosos e delinquentes, que ficava a menos de 100 metros de distância, encontraram Terry, o fazendeiro, rastejando no chão de raiva e tristeza na mesma direção que eles. Ele estava com os dois joelhos quebrados, as pernas estavam em ângulos anormais. Sua cabeça também estava sangrando. Ele havia levado um bom golpe, mas não o suficiente para nocauteá-lo.

O pobre homem estava dando tudo o que tinha com o único propósito de salvar sua esposa das mãos desses sequestradores e supostos estupradores. Seu amor e devoção eram mais do que admiráveis. Sua esposa provavelmente significava tudo para ele.

Com um suspiro, Jake forçou o fazendeiro a beber de seu cantil de sangue Digestor antes de forçá-lo a recuar.

“Deixe-me cuidar disso. Se pudermos salvar sua esposa, vamos trazê-la de volta.”

Como se aliviado, o fazendeiro sorriu em gratidão antes de desmaiar.

“Estamos seguindo em frente.” Jake apenas disse em um tom sinistro, que causou arrepios na espinha do Playboy.

BANG BANG BANG BANG, tatatata!

À medida que se aproximavam silenciosamente do acampamento inimigo, os tiros se tornaram mais frequentes. No entanto, seu acampamento parecia perfeitamente pacífico. Mais bem equipados do que o grupo, todos os membros proeminentes tinham suas próprias tendas, com três grandes pavilhões de lona no meio, espaçosos o suficiente para morar.

A dupla agora podia ouvir o som de vozes e gritos lamentosos enquanto se aproximavam. Vozes masculinas discutindo e comentando sobre a operação rápida de seus camaradas e regozijando-se com seus despojos, mas também vozes femininas chorando e pedindo ajuda. Os homens também soluçavam e imploravam, alguns desses criminosos claramente mudaram de lado.

Seus escravos, outros prisioneiros e vítimas dormiam no frio ao ar livre, amontoados. De vez em quando, um dos homens saía de uma barraca para agarrar uma das mulheres do lado de fora em condições mais ou menos boas antes de arrastá-la para dentro da barraca. Os gritos e súplicas recomeçariam então.

Jake teve que apertar o ombro de Kyle com força para impedi-lo de fazer algo estúpido. Não era hora ainda. Agora que eles estavam no lugar, com o atirador e algumas de suas forças ocupadas em outro lugar, era hora de tirar vantagem e agir rapidamente.

O primeiro passo seria eliminar os alvos fáceis um por um, sem alertar ninguém. Com exceção do pavilhão central do qual escapava um brilho fraco, provavelmente o de um flash de smartphone, o acampamento não tinha fonte de luz.

Com um grupo tão grande, monopolizar os smartphones e desligá-los para economizar baterias foi a primeira decisão que teriam que tomar se quisessem manter uma fonte de luz à noite por muito tempo.

Silenciando Kyle, Jake se esgueirou até a barraca mais distante do acampamento, de onde grunhidos guturais de prazer escaparam, misturados com lágrimas. Pelo menos ele não reconheceu as vozes de Amy e das outras garotas.

Prendendo a respiração, cortou uma abertura na tela com a faca, apenas para esbarrar nas costas e nas nádegas peludas de um homem nu pressionando e empurrando para frente e para trás seu pequenino bichinho na pobre mulher relutante abaixo dele.

Bem, Jake não era do tipo paciente, assim, imediatamente ofereceu ao homem o privilégio de ser penetrado também sem consentimento, com a única diferença de que era uma faca militar com lâmina de trinta centímetros, que ele enfiou no meio da garganta, a partir da esquerda para a direita.

Com sua traqueia e cordas vocais cortadas, o estuprador morreu em segundos, um som gorgolejante cheio de ressentimento, definitivamente ele não gostava de ser o alvo. Bem… o carma fez sua aparição.

Quase houve um incidente na execução de seu resgate que poderia ter arruinado tudo. A jovem que havia sido estuprada alguns segundos antes começou a entrar em pânico quando sangue quente espirrou em seu rosto. Afinal, com a escuridão e todos aqueles alienígenas lá fora, a intervenção de Jake foi mais assustadora do que qualquer outra coisa.

Ele mal interceptou seu grito de terror, colocando a palma de sua mão contra sua boca enquanto a calava agitadamente. Sentindo que era outro homem, ela se acalmou. Depois de vários dias de maus-tratos no meio desse grupo, sabia que, enquanto permanecesse atraente, nenhum homem iria querer matá-la intencionalmente. Ela poderia até tirar vantagem disso.

“Você está livre. Espere alguns minutos em silêncio, então você pode fugir.” Ele sussurrou, tentando ser o mais agradável e complacente possível. Não é exatamente o seu forte também.

Depois disso, Jake continuou a matar os lacaios, alguns estavam desocupados, outros comendo ou fornicando em suas tendas, o que lhe rendeu uma pilha considerável de Éter. Dois deles demoraram mais de um minuto para morrer, e isso mesmo depois que suas artérias carótidas foram cortadas, um sinal de que sua constituição e vitalidade eram até superiores às dele. Além disso, também pôde sentir alguma resistência em sua pele quando os esfaqueou.

Jake estava começando a perceber que não era nada especial na escala de toda a humanidade. Afinal, estatisticamente, uma pessoa inteligente tinha um QI acima de 130, e muitas outras haviam praticado artes marciais ou realizado negócios que exigiam habilidades marciais que ele não poderia adquirir decentemente em alguns meses, mesmo com um dispositivo como o Oráculo. Sem falar nos militares, mercenários, contrabandistas e outros grupos mafiosos que viviam isso diariamente.

Quanto mais matava, mais percebia que essas pessoas que no início pensava serem uma simples coalizão de criminosos eram na verdade muito mais organizadas e competentes do que imaginava.

Finalmente, depois de 7 ou 8 tendas, Jake encontrou uma tenda vazia com Sophie e Loana nuas e amarradas, com vários hematomas e contusões. À primeira vista, nada irreversível havia acontecido com elas ainda. Quando viram a silhueta de um homem entrando na tenda, gritaram de medo. Por sorte, os criminosos tiveram a boa e má ideia de amordaçá-las.

“Shh, sou eu.” Ele sussurrou novamente. “Eu vim para libertar vocês. Onde estão Amy e Sarah?”

Depois de as desamarrar e retirar a mordaça, Loana explicou a situação com um discurso incoerente, claramente em estado de choque. Perdeu os dedos, então o que acabara de acontecer finalmente a fez ceder. Com a ajuda de Sophie e depois de um tempo, ele finalmente entendeu o que estava acontecendo.

Amy subitamente entrou em modo Berserk e nocauteou dois de seus atacantes, o que a fez ser nocauteada em resposta e levar uma boa surra. Depois disso, um dos rapazes mencionou que ela era um “talento especial” e mandou que ela fosse levada ao pavilhão do chefe.

Quanto a Sarah, outro homem a arrastou para sua tenda assim que chegaram aqui, sem que pudessem fazer nada.

Infelizmente, ele não podia se dar ao luxo de revistar todas as tendas. O atirador poderia ter voltado a qualquer momento. Por outro lado, se Amy estivesse inconsciente ao lado de seu líder, ele teria que pular na cova dos leões se quisesse salvá-la.

“Onde estão nossa comida e mochilas?” Ele perguntou apressado.

“Na-, hic, na tenda do líder.” Loana gaguejava entre soluços com grande dificuldade, lutando para voltar ao seu estado normal.

A escolha não era mais possível. As mochilas dele e de Will eram tudo o que tinham. Salvá-las sem ter seus suprimentos de volta apenas adiaria o inevitável.

“Não tenho escolha. Vou ter que arriscar. Pegue as armas deles se encontrar alguma, vou criar uma distração. O primeiro tiro que você ouvir, fuja e pegue o que puder das tendas vazias. Kyle, fique com as meninas.”

O Playboy aceitou de bom grado, satisfação e desapontamento por ser inútil encheram e confundiram sua mente, mas pelo menos estava vivo. As mulheres se equiparam com bastões e facas que Kyle pegou enquanto seguia Jake. O último então escapou da tenda primeiro, entrando sorrateiramente atrás do pavilhão central.

Colando o ouvido na tela, ele ouviu vozes de homens discutindo sobre algo. Seu esquadrão de atiradores estava atrasado.