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The World After the End – Capítulo 83

Rei do Caos (2)

Sirwen era um [Pesadelo] que tinha um contrato com o Céu Dourado. Agora era óbvio que o Céu Dourado tinha o monarca das Trevas como seu patrocinador. Também significava que Sirwen tinha uma conexão com o Monarca das Trevas.

— Bah, quem se importa? Por que eu daria a mínima para aquele contrato estúpido quando encontrei um homem que completou os Oito Portões do Inferno?

— Oito Portões do Inferno? Essa foi a habilidade que você usou nele?

— Sim.

Chunghuh estava confuso.

— Como aquela habilidade merda o fez adormecer por tanto tempo?

— Merda?

Sirwen ficou com raiva.

— Os Oito Portões do Inferno é uma habilidade épica!

— Hã? Até aquelas crianças dos Discípulos a usam. O que tem na habilidade que a torna ‘épica’?

— Discípulos? Oh.

Sirwen acrescentou,

— Sim, eu lembro. Ensinei a eles a habilidade setecentos anos atrás.

Chunghuh ficou chocado. Ele então percebeu que foi cerca de setecentos anos atrás, quando o Clã dos Discípulos começou a usar a habilidade.

— A habilidade não foi feita para humanos usarem. Apenas os [Pesadelos] podem usá-la em seu verdadeiro potencial.

Mas isso não fazia sentido. Por que ela a ensinou para os humanos então?

— Você me pergunta o porquê? É porque eu queria alguém para desvendar as habilidades.

— Desvendar

Sirwen assentiu.

— Ninguém, que eu saiba, havia quebrado a habilidade até agora

— De jeito nenhum. Já vi a habilidade sendo quebrada muitas vezes.

— Você quer dizer a habilidade ‘usada por humanos’.

Chunghuh não podia negar.

— Como a maioria das habilidades de alucinação, quando o alvo tem uma mente mais forte que o conjurador, a habilidade é quebrada. Mas o que é quebrada é a mente do conjurador, não a habilidade em si.

Chunghuh percebeu imediatamente que isso significava que os Oito Portões do Inferno eram como uma espada que nunca quebrava. Mesmo que o mestre que empunhava a espada morresse de um golpe, a espada em si não quebraria.

— Se um [Mestre Pesadelo] o usar, nem mesmo aqueles Monarcas poderão escapar.

Chunghuh ficou chocado. Isso significava que Jaehwan poderia ter acabado em um estado muito pior. Sirwen não era uma Mestra, mas ela era uma [Alta Artesã].

— Eu sei o que você está pensando. Não se preocupe, ele está seguro.

— O que quer dizer?

— Ele quebrou a habilidade. Ele completou toda a provação e conseguiu chegar ao oitavo portão. Ah, só para você saber, o oitavo portão é um tipo de recompensa. Ele o recompensa com grandes coisas se puder chegar lá.

Chunghuh então percebeu por que Sirwen os salvou, apesar de quebrar seu contrato com o Monarca das Trevas, e continuou visitando Jaehwan. Jagel Meng, do Clã dos Discípulos, uma vez contou a Chunghuh sobre a habilidade.

— Se alguém chegar ao oitavo portão, essa pessoa será o Rei do <Caos>.

Chunghuh perguntou:

— O que tem lá?

— Uma relíquia deixada pelo meu padrinho.

Uma relíquia? Chunghuh então viu a expressão de Sirwen mudar. Ela parecia chocada.

— O que você está…

Chunghuh percebeu para onde ela estava olhando.

Jaehwan estava acordando.

Jaehwan ouviu Chunghuh contar o que havia acontecido enquanto ele dormia.

— Espere, aonde você vai?

— Sala de reuniões.

— Não, você não pode ir lá agora. Há pessoas que estão pensando em entregá-lo ao Palácio.

— Me entregar?

Chunghuh suspirou e explicou.

— Entendi. Então chegou a esse ponto.

Jaehwan, ignorando os esforços de Chunghuh para detê-lo, caminhou até a sala de reuniões. Todos na sala ficaram chocados ao vê-lo.

— M-Mestre?

Jaehwan olhou em volta silenciosamente e então falou.

— Estou indo.

— O quê? Do que está falando?

— Estou indo para o Palácio da Reencarnação.

Uma declaração. Todos então perceberam por que ele havia dito aquilo. O Mestre ouviu tudo o que aconteceu. Cayman imediatamente se levantou e gritou:

— NÃO! Você não pode fazer isso!

— Cayman, sente-se.

Yong falou sem nenhuma energia. Alguns outros, incluindo Yong, não suportavam olhar para Jaehwan. E Jaehwan sabia o que significava.

— Está tudo bem. Não se culpem.

Ninguém conseguia falar. Alguns colocaram o rosto nas mãos, enquanto alguns fecharam os olhos e se viraram. Raiva e tristeza encheram a sala. Depois de um tempo, Yong se levantou, enquanto ainda olhava para baixo para evitar encontrar os olhos de Jaehwan.

— Te odeio.

Ele agora estava olhando diretamente para Jaehwan com os olhos marejados.

— Você nos deu vida, liberdade e esperança.

— …

— Você sabe que muitos morreram enquanto você dormia? Se não nos dessem vida, liberdade ou esperança… eles não teriam morrido.

Jaehwan olhou ao redor. Jagel Meng não estava lá.

— Sinto muito.

— Por quê…? Por quê…?

Por que você apareceu? Pelo quê?

Yong não conseguia fazer essas perguntas. Jaehwan se questionou enquanto observava as lágrimas do homem. Ele tinha feito a coisa certa? Não conseguia responder.

— Mas ainda assim…

Yong continuou:

— Nós precisamos de você.

E aquele foi o começo. Todos os oficiais se levantaram.

— Não vá, mestre.

— Você deve ficar conosco.

As pessoas, que até agora estavam discutindo para entregar Jaehwan, estavam de pé e gritando.

— Lutaremos! Vamos morrer lutando!

Chunghuh, que estava assistindo a tudo isso de trás, olhou para Jaehwan.

“Você deu a eles algo muito valioso.”

Chunghuh percebeu que essas pessoas fariam qualquer coisa para proteger o que tinham recebido. Jaehwan olhou para todas aquelas pessoas e falou.

— Acho que todos entenderam errado. Não vou lá para me render.

— Hã?

Jaehwan riu.

Todos então perceberam, era aquela risada que eles queriam ver todo esse tempo. O único homem que nunca parou de lutar, por maior que fosse o inimigo. Aquele que fez milagres com suas próprias mãos.

Eles esperavam que Jaehwan aparecesse e lhes dissesse—

— Vou dizimá-los.


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